A psicóloga Carla Ribeiro confirma que a convivência com o outro é algo difícil de se estabelecer. "Primeiro, se soubéssemos que o outro nos daria tanto trabalho na adaptação do relacionamento, talvez muitas pessoas dariam preferência por estarem sozinhas. No consultório, tenho ouvido o quanto as pessoas têm se sentido muito sozinhas. Principalmente as mulheres. E as relações amorosas estão cada vez mais supérfluas e descartáveis. Mas, de uma forma em geral, a maioria quer ter uma parceria ao seu lado", explica a especialista.
É sabido que, cada vez mais, as mulheres buscam o desenvolvimento profissional e a independência financeira. Mas, como alerta a psicóloga, isso não pode se sobrepor ao lado sentimental.
Já para o homem, a faixa dos 30 para os 40 anos, segundo a especialista, é o momento em que desperta a vontade de buscar uma parceria fixa, em quem pode confiar e que fará parte dos planos da velhice. "E ele sabe que deverá reformular muitos hábitos para uma melhor convivência a dois", completa a psicóloga.
Claro que o convíveio a dois é difícil, mas não impossível. Isso se cada pessoa souber ceder em relação ao comportamento. "A questão não é aceitar tudo e qualquer coisa do outro, mas, quando faltar um pouco de equilíbrio na rotina do casal, alguém precisa ceder e dar uma nova oportunidade ao relacionamento. E isso significa, muitas vezes, ficar em silêncio e deixar os ânimos acalmarem. Ser paciente é o comportamento que deve ser aprendido na relação a dois", observa Carla..