Os dados relativos à Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgadas nesta terça, dia 9 de janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com Isabella Nunes, gerente da pesquisa, as promoções pela internet se destacaram no penúltimo mês do ano. "O que observamos em novembro é que as atividades mais sensíveis às promoções de novembro, que têm o foco nas vendas pela internet, foram as que se destacaram. Isso mostra que a queda de outubro foi uma postergação de compras para novembro", esclarece a especialista.
Com o resultado, o volume de vendas do comércio fechou o acumulado de janeiro a novembro em 1,9%, e o acumulado dos 12 meses em 1,1%, mantendo, desta forma, a trajetória ascendente iniciada em outubro de 2016, quando o setor havia fechado em queda de 6,8%.
Na passagem de outubro para novembro, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram resultados positivos, sendo que os maiores avanços foram observados nos setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,0%), que teve o maior avanço desde fevereiro de 2004 (8,0%); e móveis e eletrodomésticos (6,1%), maior resultado desde março de 2017 (6,6%).
Livros, jornais e papelaria (1,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%) completam os setores que tiveram resultados positivos.
Melhor novembro
O crescimento de 5,9% em novembro do ano passado, frente a novembro de 2016, foi o melhor resultado para os meses de novembro desde os 7,1% de 2013.
Para Isabella, esse resultado mostra que apesar das promoções de novembro estimularem as vendas do comércio, é necessário haver, também, uma conjuntura econômica adequada ao consumo.
"Essas promoções ainda estão se firmando no Brasil, as últimas três edições foram as mais fortes, mas a conjuntura não favorecia as vendas".
Segundo ela, "já em 2017, o poder de consumo aumentou em relação aos três anos anteriores, houve uma queda do desemprego, aumento da renda e redução da inflação, por exemplo. Não é à toa que esse novembro está em um ritmo mais forte".
(com Agência Brasil).