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Saúde

Pesquisa descobre aumento da obesidade entre brasileiros que têm plano de saúde

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que 53,7% dos entrevistados estão com IMC acima do recomendado

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Mais uma comprovação de que a obesidade é uma verdadeira epidemia no Brasil.
Segundo uma pesquisa feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e divulgada nesta segunda, dia 15 de janeiro, houve aumento da obesidade e do sobrepeso entre 2008 e 2016, apesar de terem se tornado mais frequentes o consumo de frutas e hortaliças e a prática de atividade física.

Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Foram entrevistados por telefone com 53 mil usuários de planos de saúde, sendo 20 mil homens e 33 mil mulheres que moram nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.

Em 2008, 46,5% dos entrevistados apresentavam Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 25 pontos. Essa parcela da população aumentou para 53,7% quando a pesquisa foi repetida no ano passado.

O IMC é um dos parâmetros utilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificar se uma pessoa está em um peso correspondente a sua altura. O valor é calculado dividindo o peso da pessoa pela sua altura ao quadrado. Quando atinge ao menos 30 pontos de IMC, uma pessoa é considerada obesa, o que é o caso de 17,7% dos usuários de planos de saúde.

Em 2008, essa parcela era de 12,5% e, se comparado o número de obesos daquele ano ao de 2016, é possível constatar que houve um crescimento de 41,6%.

Frutas e hortaliças

Apesar dessa alta, a pesquisa constatou a melhora de alguns indicadores. O número de adultos que consomem refrigerantes ao menos cinco vezes por semana caiu de 26,2% para 14,7%.

O percentual de pessoas que trocam refeições por lanches começou a ser medido em 2013 e também caiu, de 19% para 15,6%. Por sua vez, o hábito de comer hortaliças e frutas com regularidade cresceu de 27% em 2008 para 30,5% em 2016.

A população que pratica ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou intensa semanalmente cresceu de 37,4% em 2010 para 42,3% em 2016.
A inatividade física, por outro lado, caiu cinco pontos percentuais, de 19,2% para 14,2%.

Obesidade por capital

A pesquisa identificou números regionais sobre os fatores de risco pesquisados e chegou à conclusão que cinco capitais já registram mais de 20% de usuários de plano de saúde obesos.

Manaus tem o índice mais elevado, com 22,3%; seguida por Macapá, com 20,8%; e Rio de Janeiro, com 20,5%. João Pessoa tem 20,2%; e Aracaju, 20%. Palmas e Distrito Federal têm o menor percentual, de 13,4%.

(com Agência Brasil).