Revista Encontro

Saúde

Sabia que existem três tipos de melasma?

As manchas escuras na pele costumam afetar mais as mulheres

Da redação com assessorias
Manchas escuras na pele, com variação de intensidade, correspondem a um distúrbio chamado melasma.
Geralmente, são manchas maiores que um centímetro, possuem tom acastanhado (marrom), em diferentes tonalidades, além de apresentar forma irregular. O problema costuma atingir mais frequentemente as mulheres em fase reprodutiva, entre os 20 e 50 anos. A ocorrência em homens é muito pequena e é raro aparecer antes da puberdade.

Como explica o nutrólogo J. Bussade, existem três tipos de melasma: epidérmico, quando há depósito de melanina na camada mais superficial da pele; dérmico, caracterizado pelo depósito de melanina ao redor dos vasos superficiais e profundos e é de difícil tratamento; e misto, quando há acúmulo de pigmento em ambas as regiões, sendo o tipo mais comum.

O especialista lembra que não há uma causa específica para o melasma, mas sim uma série de fatores como exposição ao Sol, ao calor, ao mormaço e ao frio; excesso do hormônio estrogênio, que pode ocorrer durante o período reprodutivo ou na menopausa, quando a mulher ficam quase sem progesterona; uso de pílula anticoncepcional; produtos cosméticos com xenoestrógenos, que irritam a pele; excesso de ácidos e cremes despigmentantes, que causam descamações frequentes, eritema e inflamação; pequenos traumas e agressões locais; doenças do fígado e da tireóide; predisposição genética; gravidez; intoxicação por metais tóxicos; e alimentação extremamente inflamatória e pobre em antioxidantes.

O diagnóstico do melasma pode ser realizado pela avaliação da história clínica do paciente, além de exame físico e verificação das características das lesões. "Outro exame que se usa com frequência é a lâmpada de Wood , que ajuda a determinar a profundidade do pigmento, se é epidérmico ou dérmico, sendo a pigmentação epidérmica marrom ou preta e a dérmica de cor azul", comenta o médico.

Tratamento

São diversas as formas de tratar essa doença de pele. Segundo o J. Bussade, o melasma tem cura, mas é preciso perseverança, paciência e disciplina.
"É preciso destacar que antes de tratar o melasma, é preciso tratar a saúde como um todo. A mancha ou qualquer disfunção estética sinalizam sempre um erro metabólico dentro do organismo", diz o especialista.

Ele aconselha ainda a lavar bem o rosto, pela manhã, com água morna durante 10 minutos, ressaltando que todo cuidado é pouco com a pele manchada. "Você não deve agredi-la em hipótese alguma, pois isso pode irritar e inflamar a região afetada pelo melasma, aumentando ainda mais o problema", alerta o nutrólogo..