"Não é possível ficar indiferente aos mais de 60 homicídios por ano no país, à banalização da corrupção, à impunidade, à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado e à ideologização dos problemas nacionais", em pronunciamento feito durante a cerimônia.
Em sua fala, Villas Boas também cita as eleições de outubro. "Quando caberá à população definir de forma livre, legítima, transparente e incontestável a vontade nacional. Definido o resultado da disputa, unamo-nos como nação", diz o militar.
O general do Exército também aproveitou para mencionar as dificuldades e os desafios do Exército, principalmente, o orçamento. "Nossa força terrestre caminha em meio a dificuldades, entre os quais estão um orçamento aquém dos imperativos de suas missões e a defasagem salarial de seus soldados em relação às demais carreiras de estado".
Eduardo Villas Boas disse ainda, no evento, que "a defesa do país depende do estado, do povo e das Forças Armadas". Segundo ele, "a Constituição Federal, no Artigo 142, estabelece que as Forças Armadas são instituições permanentes, ou seja, elas são inerentes à própria existência da nação e do país".
Em breve mensagem lida durante a cerimônia militar, o presidente Michel Temer lembrou a atuação do Exército na intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro e disse que a ordem do estado estava comprometida pela ação do crime organizado. "Agora mesmo, no Rio de Janeiro, testemunhamos a dedicação do Exército, como das demais forças, na missão incontornável de romper a ordem pública naquele estado, ordem que vinha gradativamente comprometida pela ação intolerável do crime organizado", comenta o peemdebista.
De acordo com Temer, em muitas partes do Brasil os militares são a única manifestação concreta da presença do estado, levando ações de saúde, educação e saneamento.
A Ordem do Mérito Militar é a mais elevada distinção da força e foi criada em 1934 para premiar militares e civis que tenham prestado serviços relevantes ao Exército.
(com Agência Brasil).