Apesar de ter sido divulgada agora, a estrela foi detectada em abril de 2016 por meio do telescópio espacial Hubble. Ela se encontra atrás da aglomeração de galáxias MACS J1149.6%2b2223. Segundo as estimativas dos astrônomos, a estrela teria se formado aproximadamente 4,4 bilhões de anos depois do nascimento do Universo.
Os cientistas se aproveitaram de uma técnica chamada lente gravitacional, que permite usar as grandes aglomerações de galáxias como "lentes" naturais capazes de ampliar a imagem de corpos celestes que, por ventura, estejam ocultos atrás delas. Com isso, a luz procedente da estrela, que é chamada de MACS J1149 LS1 e conhecida como Icarus, foi ampliada em duas mil vezes, até ser capturada pelo Hubble.
A aglomeração de galáxias MACS J1149 2223, que serviu de "lupa" para a descoberta recente, está situada a uma distância de cinco bilhões de anos-luz do nosso planeta.
O grupo de cientistas estava analisando as imagens do Hubble para tentar detectar a última aparição da explosão da supernova Refsdal – identificada em novembro de 2014 pelo astrônomo americano Patrick Kelly, da Universidade de Minnesota, nos EUA. Mas, além dela, conseguiram também encontrar a Icarus.
Segundo o artigo científico publicado na Nature Astronomy, essa descoberta representa uma nova forma de estudar as estrelas existentes nas galáxias distantes, especialmente em relação à evolução destes astros.
"Mesmo com a explosão da supernova Refsdal, a luz dessa estrela distante foi intensificada e tornou-se visível para o Hubble", comenta Patrick Kelly, que também é um dos responsáveis pelo novo achado. "Essa estrela está pelo menos 100 vezes mais distante do que a última estrela que fomos capazes de estudar", completa o cientista.
(com Agência Sputnik).