"Esta galáxia é vista numa época em que o Universo tinha 'apenas' 500 milhões de anos e, no entanto, já possuía uma população de estrelas maduras", comenta o cientista Nicolas Laporte, principal autor do estudo, no artigo de divulgação da descoberta. "Portanto, somos capazes de usar essa galáxia para investigar um período anterior e completamente não mapeado da história cósmica", completa o pesquisador europeu.
A questão, então, é saber quando as primeiras estrelas se formaram após o Big Bang. A equipe da Universidade College de Londres usou a radiação infravermelho emitida pela MACS1149-JD1 e capturada pelos telescópios espaciais Hubble e Spitzer para medir o brilho que ela produzia. A partir dessa análise, os pesquisadores concluíram que a jovem galáxia teria se formado no início do Universo, "apenas" 250 milhões de anos após o Big Bang.
Os cientistas há muito se perguntam quando ocorreu o "amanhecer cósmico", momento em que as primeiras galáxias se tornaram brilhantes e o Universo não estava mais encoberto pelas "trevas profundas". A nova descoberta ajudará os pesquisadores a determinarem quando isso pode ter acontecido e, especificamente, saber se pode ter ocorrido antes do que constam nas teorias atuais..