De acordo com a dermatologista Joana Barbosa, existem alguns aspectos clínicos que são importantes para definir quando uma doença sistêmica está ou não associada a alterações nas unhas como em relação à idade do paciente: nas crianças, as unhas crescem rápido, são finas, maleáveis e transparentes; já nos idosos, têm crescimento lento, são grossas, duras e amareladas. "Desta maneira, uma unha fina e frágil em um adulto pode ser um indício de alterações hormonais tiroidianas, enquanto uma unha grossa em uma criança pode ser sinal de psoríase", diz a médica.
Outra alteração comum na unha diz respeito ao uso de medicamentos. "Eles podem causar alterações no aparelho ungueal, tanto na cor, quanto na textura e na adesão da placa. Na maioria dos casos, estas alterações são transitórias, cessando com a interrupção do tratamento", esclarece Joana Barbosa.
A dermatologista lembra ainda que a mudança de coloração das unhas é uma das principais queixas dos pacientes e se relaciona a diversos quadros de acordo com as cores encontradas. "Unhas amarelas se associam a uso de algumas medicações, doenças pulmonares e até síndromes achadas em casos de câncer disseminado. Lesões esbranquiçadas sobre as unhas são vistas em doenças renais, imunossupressão e alterações cardíacas.
Tratamento
O tratamento das doenças que afetam as unhas deve ser aplicado na causa das alterações e, na grande maioria dos casos, consiste de medicamentos tópicos, intralesionais, sistêmicos ou até cirúrgicos. Mas, uma parte importante do tratamento está relacionada aos cuidados gerais com as unhas. "O aparelho ungueal é um espelho do que acontece local e sistemicamente no organismo. Reconhecer as alterações das unhas é de fundamental importância para o diagnóstico das doenças dermatológicas e sistêmicas, pois muitas vezes o exame das unhas é o único exame 'complementar' necessário", comenta a médica..