O reator vai produzir radioisótopos para a fabricação de medicamentos usados no tratamento de doenças nas áreas de cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia.
A construção do equipamento permitirá ao Sistema Único de Saúde (SUS) aumentar os atendimentos de câncer, além de reduzir custos no tratamento, completa o presidente. Com produção nacional, os medicamentos deverão ter preço de custo. A tecnologia permitirá ainda a produção de fontes radioativas para a indústria, agricultura e meio-ambiente. A previsão é que o reator comece a funcionar em 2024.
Serão investidos R$ 750 milhões no projeto do reator multipropósito. O Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, explica que a pasta vai investir esse valor até 2022. Neste ano serão liberados R$ 30 milhões.
Quem também participou do lançamento da pedra fundamental foi o ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna. Ele explica que o reator faz parte do programa nuclear da Marinha, voltado apenas para fins pacíficos. "Vale lembrar que o Brasil é um dos países mais atuantes na causa da não proliferação de armas nucleares. O reator terá, além do reator nuclear de pesquisa, toda uma infraestrutura de laboratórios, capazes de realizar testes de verificação dos efeitos da radiação", diz o ministro.
A tecnologia tornará o Brasil referência em medicina nuclear, pois será autossuficiente na produção de radioisótopos. Como o número de reatores desse porte é pequeno em todo o mundo, o Brasil poderá, inclusive, tornar-se exportador do composto radioativo.
(com Agência Brasil).