"Ninguém ganha dinheiro no mercado em céu de brigadeiro. O ambiente externo com o aquecimento do mercado americano gerando uma perspectiva de aumento de juros para conter a inflação com o aumento do consumo por lá; nosso ambiente interno que não ajuda e o cenário eleitoral, que não apresentou até agora, na minha visão, nenhuma novidade do que projetávamos em janeiro, são de fato variáveis muito sensíveis e que interferem no preço do dólar. Mas os agentes de mercado fazem apostas e correm riscos jogando dinheiro no mercado. E diante desse cenário começam a marcar mais, alimentando toda essa discussão para ganhar com a ação especulativa", explica o professor da FGV.
Diante da ação do Banco Central (BC), que desde a noite de quinta, dia 7 de junho, anunciou a negociação de US$ 20 bilhões em swaps cambiais (venda futura da moeda americana) até o fim da próxima semana para conter o aumento da moeda no mercado financeiro, foi considerada correta por Fabio Gallo.
"O presidente do BC, Ilan Goldfajn, agiu corretamente ao oferecer parte da nossa reserva, que o próprio Fundo Monetário Internacional reconhece como muito acima do necessário. Ele usou sua autoridade monetária oferecendo a moeda americana, e ninguém tem cacife no mercado para apostar contra o BC", comenta o especialista da FGV.
(com Agência Brasil).