Revista Encontro

Internacional

Nasa tem planos de impedir a colisão de asteroides perigosos

A agência espacial quer destruir ou desviar objetos que tragam risco para o planeta

João Paulo Martins
Depois da notícia de que o governo dos Estados Unidos, por meio do Ministério da Defesa, tem a intenção de criar uma "Força Espacial", que atuará em missões militares no espaço, agora, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) acredita ser capaz de destruir asteroides ou quaisquer outros objetos espaciais potencialmente perigosos para nosso planeta.

Na quarta, dia 20 de junho, o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (The National Science and Technology Council) dos EUA divulgou um relatório descrevendo a possibilidade de nos proteger contra os chamados Near-Earth Object (objetos próximos à Terra) que representem sério perigo para a humanidade.
A informação é da agência americana de notícias AP.

De acordo com Lindley Johnson, astrônomo da Nasa responsável pela "defesa planetária", os cientistas já descobriram 95% de todos os objetos que estão nas proximidades da Terra e cujo diâmetro supere um quilômetro. No entanto, asteroides não precisam de ser grandes para terem força destrutiva. Isso foi visto em Chelyabinsk, na Rússia, com a explosão de um meteoro em 15 de fevereiro de 2013. Seu diâmetro era de apenas 20 m, mas gerou uma explosão equivalente a 500 kilotons de dinamite – 30 vezes mais forte que as bombas nucleares lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, na Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Se ao menos um desses meteoritos caísse diretamente sobre uma cidade populosa, mataria milhões de pessoas, adverte o relatório americano.

O problema, conforme o especialista da Nasa, é que para prevenir a ameaça proveniente de um asteroide ou meteorito, é necessário saber com antecedência sua trajetória e possível data de colisão. Tendo em mãos esses dados, será preciso construir uma nave espacial para interceptar o objeto ou, então, evacuar a população do local da queda iminente.

Anteriormente, a Nasa havia divulgado um plano, conhecido como Hammer (Hypervelocity Asteroid Mitigation Mission for Emergency Response, na sigla em inglês, e que significa "martelo" em português), que consiste no envio de uma nave para interceptar asteroides considerados perigosos, penetrar nos objetos e detonar cargas nucleares dentro deles. Estas ações devem ser feitas apenas se o asteroide não for detectado em tempo hábil. Do contrário, os cientistas americanos acreditam que será preciso usar apenas uma carga explosiva convencional.

Existe ainda outro projeto da agência espacial americana e do Laboratório de Física Aplicada (APL, na sigla em inglês), da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, que prevê ações para desviar a rota de asteroides que sejam grandes demais para serem destruídos.
É o chamado Teste de Reorientação de Asteroides Duplos (ou Double Asteroid Redirection Test).

(com Agência Sputnik).