Construída em apenas 100 dias, a capela foi projetada por Niemeyer e sua arquitetura faz referência a um famoso chapéu usado por freiras, a partir da interligação de apenas três pilares por arestas sinuosas. Segundo a crença popular, o projeto foi feito a pedido da ex-primeira-dama Sarah Kubitschek, como agradecimento pela cura de uma das filhas.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2007, assim como outras obras da capital federal, o templo é revestido por azulejos de Athos Bulcão e por pinturas de Francisco Galeno, aluno de Alfredo Volpi, responsável pelo primeiro painel da igreja. Antes, havia afrescos com bandeirolas e anjos de Volpi, que foram cobertos por tinta em uma reforma ocorrida na década de 1960, segundo informações da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Apesar da riqueza artística do local, a igrejinha não perde a simplicidade. Frei Clézio Menezes dos Santos considera que isso a torna ainda mais especial. "A igrejinha junta duas espiritualidades: a mariana, desde a sua construção, com a simplicidade de Maria, por ser tão pequenina, por acolher o povo peregrino, e a espiritualidade franciscana, que também é marcada pela simplicidade", comenta em entrevista á Agência Brasil.
"Para nós, essa comemoração é importante por ser a primeira capela da nova capital, por ter esse símbolo forte de Nossa Senhora, por ser espaço para a devoção à mãe de Deus. E, em segundo lugar, porque desde a sua fundação ela é cuidada por frades capuchinos ", completa o religioso.
(com Agência Brasil).