Percorrendo toda a praça Professor Corrêa Neto, os membros da comissão propuseram alternativas para solucionar o problema social enfrentado pelos moradores, como a realização de audiência pública para discutir o tema com representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o lançamento da Campanha SOS IAPI. Envolvendo a comunidade, a campanha deverá sensibilizar a população belo-horizontina para o estado de abandono em que se encontra o espaço e para a importância de preservá-lo, informam os vereadores.
Segundo Ângela Iracema Silva, presidente da Associação Comunitária do Conjunto IAPI, o condomínio apresenta, hoje, externamente, um cenário de lixo e sujeira, bueiros quebrados, mato alto, banheiro público a céu aberto, barracos construídos clandestinamente, grades e muros derrubados, além de quadras poliesportivas abandonadas e da falta de policiamento e iluminação. Além disso, os ônibus que circulam na avenida Antônio Carlos não param no ponto correto, supostamente em função da presença de usuários de crack no local. Um caminhão abandonado também permanece estacionado, de forma irregular, no condomínio, levando transtornos à comunidade.
Em sua área interna, o IAPI possui nove condomínios e nove síndicos. No espaço, segundo a comissão da Câmara Municipal, foram observados problemas de pintura e entraves no trânsito de pessoas com dificuldade de locomoção, como os idosos, que totalizam 60% dos moradores.
Quanto ao problema da existência de usuários de drogas no entorno, a Associação Comunitária do IAPI sugere a construção de um centro de recuperação para esses dependentes químicos, criando oportunidades para que, posteriormente, eles retornem ao ambiente familiar.
De acordo com Jamir Nunes Coelho, gerente da Administração Regional Noroeste, o serviço público é realizado regularmente na região, incluindo capina, varrição, coleta de lixo e manutenção de praças, dentro e fora do condomínio.
Encaminhamentos
O vereador Gilson Lula Reis (PCdoB), que solicitou a visita, afirma que encaminhará aos órgãos competentes todas as demandas apontadas, como a falta de iluminação, estacionamento irregular de um caminhão no condomínio, moradia clandestina e mato alto. Também será realizada audiência pública no local, quando será convidada a Coordenadoria do Idoso da PBH e a secretaria municipal de Política Social, devido a questões estruturais do condomínio, como a ausência de elevadores. Na audiência, também será abordada a questão das pessoas em situação de rua que vivem no entorno, de modo que a Câmara possa conhecer e a avaliar as atuais políticas da Prefeitura sobre o tema. "É um processo a longo prazo, mas que precisa de uma ação efetiva e permanente da PBH", avalia o parlamentar.
(com Superintendência de Comunicação Institucional da CMBH).