Segundo Bruno José Esperança, diretor geral da Esalflores, Curitiba (PR), o processo de compostar é um grande aliado no cuidado com o meio-ambiente, pois colabora com a redução dos resíduos orgânicos produzidos em residências. "A compostagem permite que restos de alimentos e outros tipos de sobras orgânicas sejam reaproveitadas contribuindo com a diminuição do volume de compostos descartados em lixões. Além de evitar a utilização de fertilizantes sintéticos", comenta o especialista.
Porém, ele alerta que é preciso ter cuidado com os tipos de resíduos utilizados. "Nem todos os restos orgânicos podem ser usados na compostagem. Lixo comum, restos de carne, laticínios e óleos não são indicados. Já restos de verduras e legumes, cascas de frutas, borras de café, cascas de ovos e serragem são ideais", afirma Bruno.
Passo a passo
O processo de compostagem doméstica é simples e exige apenas três caixas plásticas escuras (sendo uma com tampa), folhas secas e galhos pequenos e cerca de 100 minhocas. "As caixas serão empilhadas em três níveis.
O primeiro passo é forrar o fundo da caixa superior com as folhas secas e pequenos galhos ou serragem. Esta camada vai funcionar como dreno para a composteira. Em seguida, deve-se colocar a terra com minhocas e, logo acima, os resíduos orgânicos. É importante que os resíduos sejam cobertos com outra camada de folhas secas para contribuir com oxigenação.
Depois disso, é só fechar a caixa e fazer depósitos diários até que ela seja preenchida. Assim que estiver completa, basta passar essa caixa para baixo e subir uma vazia para recomeçar o processo. Não sendo necessário inserir novas minhocas. "Após três meses, em média, já é possível coletar o húmus que pode ser utilizado como adubo. Na última caixa ficará acumulado o resíduo líquido orgânico. Diluído, ele pode ser usado para regar plantas e hortas", sugere Bruno Esperança..