Os dados foram apresentados nesta quinta, dia 5 de julho, na sede agência, em Brasília (DF), durante evento de balanço dos 18 anos do primeiro registro de medicamento genérico do país. Segundo Jarbas Barbosa, presidente da Anvisa, essa classe de fármacos representa um ramo impulsionador da economia, além de ampliar o acesso da população à saúde, provocando relevante impacto social.
"A política de genéricos do Brasil foi extremamente efetiva, do ponto de vista de aumentar o acesso e também de criar uma indústria farmacêutica nacional importante. Relatório que lançamos sobre o mercado no âmbito brasileiro, das 10 maiores empresas farmacêuticas do país, apenas uma era de capital nacional. Hoje, a gente tem cinco das 10", afirma Barbosa, destacando o crescimento de escalas produtivas em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em Goiás.
Embora reconheça que o Brasil demorou para iniciar a produção de genéricos, ainda que a medida estivesse prevista em lei, o presidenta da Anvisa afirma que o país tem recuperado os impactos dessa delonga e vem avançando. "Apesar de a gente ter entrado relativamente tarde, quando a gente soma genéricos com similares , estamos nos aproximando dos percentuais históricos de países que entraram antes na política de genéricos, como os Estados Unidos e os da Europa".
De acordo com Jarbas Barbosa, os genéricos corresponderam a mais de 70% das 4,3 bilhões medicamentos produzidos no ano passado. Atualmente, a gama de remédios genéricos disponível no mercado é bastante ampla, sendo constituída por 6,3 mil produtos, fabricados por 120 laboratórios diferentes. De 2014 para 2017, o número de novas drogas genéricas registradas na Anvisa saltou de 146 para 336, um incremento de 130,1%.
Nesse período, a agência recebeu 1.830 pedidos de registro, dos quais liberou 1.229 para venda.
A partir de 1º de setembro, a fila de registros deve correr mais rapidamente, com uma simplificação do procedimento. "Quando a empresa protocola um pedido de registro, ela não vai mais ficar um ano até ser analisado. Começará a ser analisado imediatamente. O tempo de análise vai ser o tempo real, que dura em torno de seis meses, dependendo do grau de completude de informações que a empresa prestou no dossiê", explica Barbosa. Ele completa, dizendo que, do ano passado para cá, a Anvisa já conseguiu julgar quase todos os 780 requerimentos recebidos, deixando pendentes cerca de 30.
(com Agência Brasil).