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Bem-estar

Falta de sono causa estresse oxidativo no organismo

Estudo mostra que dormir bem gera efeito antioxidante no corpo

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Todo mundo sabe que dormir gera um efeito revitalizante no organismo.
A informação foi comprovada por um estudo feito pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Plos Biology, no início deste mês. A lógica encontrada pelos pesquisadores americanos é que a falta de sono traz efeitos negativos para a saúde, como o estresse oxidativo agudo. Ao mesmo tempo, uma noite bem dormida aumenta as propriedades antioxidantes do corpo.

Quem confirma os resultados da pesquisa é o professor Alan Eckeli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. "Há relação do estresse oxidativo com o sono. Para isso, os pesquisadores avaliaram moscas e observaram a ocorrência de reativos óxidos de oxigênio, ou seja, do estresse oxidativo. Conforme a cobaia sentia o aumento do tempo total de sono, produziu redução do estresse oxidativo. O sono age num processo que traz equilíbrio para o estresse oxidativo", comenta o especialista.

O professor da USP lembra que a falta de sono se transformou numa espécie de "epidemia" e está relacionada ao mundo moderno.
"Com isso, nota-se a diminuição do tempo de sono, redução do alerta, da memória, comprometendo a cognição do indivíduo. Além disso, afeta o humor, gera depressão e ansiedade", afirma Alan Eckeli.

Outra análise do professor é que "a redução do tempo de sono promove aumento da mortalidade".

O cientista dá dicas de como ter uma boa noite de sono: "É necessário ter horário regular para dormir e acordar; não usar substâncias estimulantes próximo ao horário de dormir; evitar bebidas com cafeína".

O especialista lembra ainda que a atividade física beneficia o sono, mas deve ser feita durante o dia. É preciso evitar o tabagismo à noite, pois há aumento da capacidade de alerta e não utilizar substâncias para dormir sem indicação médica. "E manter o quarto escuro e silencioso, além de evitar o uso de celular e televisão, pois gera a inibição da melatonina, substância que ajuda no início do sono",  completa Eckeli.

(com Rádio USP).