Quem confirma os resultados da pesquisa é o professor Alan Eckeli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. "Há relação do estresse oxidativo com o sono. Para isso, os pesquisadores avaliaram moscas e observaram a ocorrência de reativos óxidos de oxigênio, ou seja, do estresse oxidativo. Conforme a cobaia sentia o aumento do tempo total de sono, produziu redução do estresse oxidativo. O sono age num processo que traz equilíbrio para o estresse oxidativo", comenta o especialista.
O professor da USP lembra que a falta de sono se transformou numa espécie de "epidemia" e está relacionada ao mundo moderno.
Outra análise do professor é que "a redução do tempo de sono promove aumento da mortalidade".
O cientista dá dicas de como ter uma boa noite de sono: "É necessário ter horário regular para dormir e acordar; não usar substâncias estimulantes próximo ao horário de dormir; evitar bebidas com cafeína".
O especialista lembra ainda que a atividade física beneficia o sono, mas deve ser feita durante o dia. É preciso evitar o tabagismo à noite, pois há aumento da capacidade de alerta e não utilizar substâncias para dormir sem indicação médica. "E manter o quarto escuro e silencioso, além de evitar o uso de celular e televisão, pois gera a inibição da melatonina, substância que ajuda no início do sono", completa Eckeli.
(com Rádio USP).