O reverendo responsável pelo templo, Stephen Carlsen, confirmou ao site da emissora britânica BBC que a medida foi motivada pela recente e polêmica decisão do departamento de justiça americano de impor a separação de pais e filhos que imigraram ilegalmente do México para os Estados Unidos e que estavam presos em centros de detenção próximos à fronteira entre os dois países.
As imagens das famílias separadas, que mostravam crianças enjauladas, chorando, viraram notícia em todo o mundo. Por conta da repercussão negativa, Trump emitiu um decreto para permitir o reencontro entre pais e filhos.
Ainda segundo Carlsen, a atitude de "isolar" a família de Cristo mostra o posicionamento de sua igreja perante as decisões do governo americano. "Nós não ficaremos parados enquanto as crianças estão sendo tiradas de seus pais e as famílias retiradas de nossas comunidades e congregações", comenta o reverendo à BBC.
Comparação com Jesus
Ao jornal local Indy Star, o reverendo Lee Curtis, do clero de Indianápolis, que foi o responsável pela ideia colcoada em prática pela catedral da Christ Church, comparou a situação dos imigrantes ilegais à história da família de Jesus Cristo. Ele lembra que a figura mais importante do cristianismo, ao lado de Maria e José, também precisou se refugiar no Egito para fugir das hostilidades impostas pelo então governador da Galileia, Herodes. "Assim como a de Jesus, toda família é santa", diz o religioso americano.
Ativismo
Esta não é a primeira vez que a igreja Christ Church tem um posicionamento pouco comum se comparada com as demais instituições religiosas, informa o Indy Star. O templo também virou notícia ao ser uma das primeiras igrejas a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. A medida passou a valer quando o estado de Indiana legalizou esse tipo de união em 2014.