Ainda segundo o ministério, os dois surtos identificados na região norte e os demais casos no sul e sudeste estão relacionados à importação do vírus, já que foi comprovado que o sarampo que circula no Brasil é o mesmo da Venezuela. "Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados", destaca o Ministério da Saúde, por meio de nota enviada à imprensa.
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo e, atualmente, segundo o governo, empreende esforços para interromper os surtos. Para ser considerada transmissão sustentada da doença, um mesmo surto deve se manter por mais de 12 meses.
Entre 2013 e 2015, o Brasil registrou surtos decorrentes de pacientes vindos de outros países, quando foram registrados 1.310 casos de sarampo – a maioria, em Pernambuco e no Ceará.
Esquema vacinal
A dose contra o sarampo é ofertada gratuitamente por meio da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e da tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Ambas fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação e estão disponíveis ao longo de todo o ano nos postos de saúdes.
Neste momento, o ministério está intensificando a vacinação entre crianças, público mais suscetível à doença. A indicação é que elas recebam uma dose da tríplice viral aos 12 meses e uma da tetra viral aos 15 meses.
Adultos não vacinados devem receber a vacina prioritariamente em locais onde há surto da doença, como Roraima e Manaus. Pessoas que já completaram o esquema vacinal não precisam se vacinar novamente.
Campanha
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e o Sarampo será realizada de 6 a 31 de agosto, com o chamado Dia D agendado para 18 de agosto. Todas as crianças com idades entre 1 ano e 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde – mesmo que já tenham sido imunizadas anteriormente.
(com Agência Brasil).