Revista Encontro

Saúde

Vitamina D pode prevenir miomas uterinos

O nutriente é essencial para os ossos e para as mulheres

Da redação com assessorias
Todos sabem que a vitamina D é essencial para a saúde, especialmente para prevenir a osteoporose.
Agora, estudo publicado no jornal científico Fertility and Sterility, mostra que a deficiência de vitamina D desempenha um papel significativo no desenvolvimento de miomas uterinos (tumores benignos) nas mulheres. Segundo os pesquisadores, a vitamina D3 é capaz de reduzir a proliferação de células do e o crescimento dos tumores em cobaias.

No estudo, as mulheres com menores níveis da substância apresentaram casos mais graves de miomas. Já as voluntárias com níveis suficientes de vitamina D eram menos propensas a desenvolverem os tumores benignos.

A explicação é que esse nutriente exerce ação direta ou indireta em mais de 200 genes envolvidos na regulação do ciclo celular. Ele participa de diversos processos no organismo, incluindo a regulação da proliferação e diferenciação celular, a angiogênese (crescimento de novos vasos sanguíneos) e a apoptose (morte celular programada). Ou seja, todos esses processos participam do desenvolvimento de um tumor, que nada mais é do que o crescimento anormal e desordenado das células.

Para corroborar a tese, um estudo publicado em março deste ano, no jornal especializado BMJ, feito com 33.736 pessoas, que foram acompanhadas durante 16 anos, mostrou que níveis adequados da vitamina D reduziram o risco de desenvolver um câncer em 20%.

Segundo estudos internacionais, a estimativa é que aproximadamente 40% dos adultos apresentam a hipovitaminose D, cujo principal fator é a falta de exposição solar. "O Brasil está abaixo da linha do Equador, portanto, aqui a incidência dos raios solares é maior e temos mais dias ensolarados do que os países localizados no Hemisfério Norte. Mesmo assim, poucas pessoas têm o costume de tomar sol por conta os riscos do câncer de pele e do fotoenvelhecimento", explica o ginecologista Edvaldo Cavalcante.

O médico lembra que tomar Sol é fundamental, mas, "infelizmente, os hábitos da sociedade moderna, como trabalhos em lugares fechados e menos tempo ao ar livre podem levar à deficiência da vitamina.
Portanto, a recomendação é tomar Sol, de preferência com braços e pernas expostos, durante 20 minutos".

A exposição aos raios solares ainda é um assunto controverso no meio médico. Alguns estudos dizem que o protetor solar atrapalha a absorção dos raios UVB pela pele. Mas, em maio deste ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia apresentou um estudo revelando que o uso do filtro não impacta na absorção do nutriente. Segundo a pesquisa, a pessoa pode usar o protetor solar e tomar sol até às 10h ou depois das 16h.

Além do Sol, é possível obter o nutriente por meio de alguns alimentos, como ostras, salmão, arenque, atum, sardinha, ovos, fígado de boi ou de galinha, laranja, cogumelos (shitake) e leite e derivados..