Até a descoberta, havia apenas 30 espécies conhecidas de pterossauros do período Triássico (entre 250 e 200 milhões de anos atrás) e nenhum vivia em desertos. O Caelestiventus hanseni é anterior a todos os pterossauros conhecidos, tendo habitado a Terra por volta de 65 milhões de anos antes de seus "irmãos".
Segundo o paleontólogo Brooks Britt, principal autor do estudo, que foi publicado na revista Nature Ecology and Evolution, a descoberta traz novos "insights" sobre o início do pterossauros. "O pterossauros do Triássico são extraordinariamente raros", comenta o cientista no artigo de divulgação da pesquisa.
Descoberta
O importante achado dos pesquisadores americanos se deu durante uma varredura em meio a mais de 18 mil ossos, encontrados numa pedreira. Os cientistas conseguiram retirar os fósseis de blocos de arenito.
Foram identificados parte do rosto e do crânio completo, incluindo cérebro, mandíbulas e asa. Segundo Brooks Britt, boa parte dos ossos desse raro pterossauro "parece de um animal atropelado".
Ainda de acordo com os pesquisadores, as análises do crânio mostram que mesmo os primeiros pterossauros tinham um olfato pouco desenvolvido ao contrário da visão, que era muito potente.
A equipe da Universidade de Brigham Young trabalha em parceria com Fabio Dalla Vecchia, especialista em pterossauros do Triássico associado ao Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont em Sabadell, Espanha. Os pesquisadores também encontraram cinco esqueletos de crocodilos, que estavam em um bloco de arenito.
(com Agência Brasil).