Não se trata de um produto modificado geneticamente, mas de um experimento feito a partir de sementes híbridas colhidas e catalogadas na "biblioteca gênica" da Embrapa, com acervo de 1,8 mil variedades de tomates guardadas, conforme explica Leonardo Boiteux, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças da empresa.
Radicais livres
O novo tomate é do tipo grape, possui formato parecido com um bago de uva e tem alto teor de licopeno – substância de pigmentação vermelha que favorece a captura dos radicais livres, que são o "subproduto do metabolismo que acaba danificando o nosso próprio DNA, e outras estruturas celulares". Com isso, o fruto ajuda na prevenção de doenças de "estresse oxidativo", como assinala Leonardo Boiteux em referência às infecções, a alguns tipos de câncer, diabetes, problemas reumatológicas e neurodegenerativos.
A pesquisa da Embrapa levou à produção do tomate mais alaranjado. "Se nós temos esse alto teor de licopeno, a gente pode dar um passo a frente na via metabólica e produzir um tomatinho com betacaroteno, precursor da vitamina A e disponível em cenoura e na abóbora", afirma o pesquisador.
Conforme levantamento do IBGE, este ano o Brasil deverá produzir 4,5 milhões de toneladas de tomate, o que representa um aumento de 3,5% em relação ao ano passado. A área cultivada é de 66.191 hectares, 2,4% menor do que em 2017.
(com Agência Brasil).