Revista Encontro

Brasil

Entidade médica alerta para profissionais que se promovem na web

Sociedade Brasileira de Dermatologia pede que pacientes tenham atenção redobrada

Da redação com assessorias
Quem usa as redes sociais percebe como o culto ao corpo é algo comum e que aparece em inúmeras fotos compartilhadas pelos usuários.
Nessa onda da beleza, muitos médicos aproveitam a internet para divulgar seus trabalhos, especialmente com os famosos "antes e depois" – prática proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). No entanto, as novas mídias acabam gerando problemas relacionados à ética e à responsabilidade médicas, esclarece a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que lembra ainda que a web deve ser utilizada como instrumento de "promoção da saúde e orientação da população".

Em comunicado enviado à imprensa, a SBD afirma que é fundamental que a população saiba reconhecer a capacitação do profissional escolhido para realizar um procedimento estético. "A entidade alerta ainda sobre a oferta indiscriminada de serviços médicos em sites de compras coletivas, prática proibida e incompatível com a ética médica, bem como anúncios na internet, que oferecem pacotes baratos e promoções como forma de estabelecer um diferencial na qualidade dos serviços. Que profissional é esse que precisa fazer sensacionalismo e autopromoção para conquistar pacientes?", diz a entidade médica.

Sergio Palma, vice-presidente da SBD, recomenda "ter cautela, não acreditar em tudo que é oferecido na Internet e evitar se submeter a qualquer tipo de procedimento ou serviço médico sem que haja antes uma consulta completa em ambiente adequado, com realização da anamnese e do exame físico para que não haja danos e riscos à saúde. Esses são os princípios básicos para não confiar a vida em mãos erradas".

Também deve ser averiguado o local onde o procedimento será realizado. "Para a execução de tratamentos clínico-cirúrgicos, as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência devem ser rigorosamente observadas, atendendo as exigências do Conselho Federal de Medicina. Casas e imóveis residenciais em hipótese alguma devem ser considerados para a prática de procedimentos invasivos", alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para ser um especialista numa área médica, não basta ter o CRM, que é o número que o médico recebe para exercer a Medicina.
É necessário possuir o RQE: identificação que o especialista tem para que sua especialidade médica seja reconhecida. O número é obtido no momento em que é feito o registro do certificado de conclusão de residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica ou também o Título de Especialista no Conselho Regional de Medicina do estado em que trabalha..