Revista Encontro

Eleições 2018

Haddad será vice de Lula, enquanto Bolsonaro terá o general Mourão

As candidaturas foram oficializadas no último domingo e na madrugada desta segunda

Encontro Digital
O PT confirmou, na madrugada desta segunda, dia 6 de agosto, que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, será candidato a vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula, que está preso desde abril em Curitiba (PR), e aclamado no sábado (4) como candidato à presidência na convenção nacional do partido.

O anúncio de Haddad foi feito na conta oficial de Lula no Twitter. O registro do nome do candidato a vice ocorreu minutos antes de o prazo legal se encerrar, por volta das 23h55 de domingo (5). O nome do ex-prefeito de SP foi escolhido após reunião da executiva nacional do PT e negociações com o PCdoB, que terminaram por volta das 23h45.

Fernando Haddad nasceu em São Paulo, no dia 25 de janeiro de 1963. Na Universidade de São Paulo (USP),  foi graduado em direito, mestre em economia e doutor em filosofia. Passou a ser professor na instituição em 1990. É filiado no PT desde 1983. Ele foi ministro da Educação de 2015 a 2012 nos governos de Lula e Dilma Rousseff.
Teve participação direta no desenvolvimento de projetos como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em 2012 foi candidato e elegeu-se prefeito da capital paulista. Em 2015, retomou a atividade docente na USP paralelamente ao exercício do mandato. Publicou diversos artigos acadêmicos e livros, entre eles O Sistema Soviético (1992) e Em Defesa do Socialismo (1998).

Bolsonaro

Por sua vez, o PRTB anunciou no domingo (5) apoio ao candidato do PSL à presidência da república, Jair Bolsonaro, e indicou o general da reserva Hamilton Mourão para compor a chapa como vice. Na convenção do partido, realizada na tarde de domingo, na capital paulista, o presidente do PRTB, Levy Fidelix, anunciou a retirada de sua candidatura à presidência para compor uma aliança nacional com Bolsonaro.

O deputado federal participou da convenção do PRTB, ao lado do general Mourão. Em discurso, o militar da reserva afirma que aceitou o convite de Bolsonaro como "cumprimento de missão e espírito de dever". "Para defesa dos nossos valores, da integridade do nosso território, do nosso patrimônio e de uma verdadeira democracia, onde haja oportunidade para todos e todos ascendam por seus próprios méritos, e não por esmolas", diz Mourão.

O general acrescenta que pretende integrar um "governo austero, honesto, sem corrupção, com eficiência gerencial e com relacionamento republicano com os demais poderes, sem um balcão de negócios".

Após o discurso do general, Jair Bolsonaro aproveitou para dizer que, a partir daquele momento, deixava de ser capitão e seu candidato a vice, de ser general. "Nós passamos a ser, a partir de agora, soldados do nosso Brasil. Temos uma enorme responsabilidade em mudar nosso Brasil. Não podemos mais ficar esperando qual facção vai continuará no poder", comenta o candidato.

O general Antônio Hamilton Martins Mourão tem 64 anos, é natural de Porto Alegre e entrou no Exército em 1972, ficando na ativa até fevereiro deste ano.

(com Agência Brasil).