As reduções de preços registradas nos transportes (-1,22%) e na alimentação (-0,34%) foram as principais responsáveis pela deflação (queda) de 0,09% no IPCA.
A queda de 26,12% das passagens aéreas no mês foi o principal destaque, que explica em grande parte a deflação não só dos transportes como do IPCA como um todo.
Entre os alimentos, os principais responsáveis pela queda da taxa foram cebola (-22,19%), batata-inglesa (-11,89%), tomate (-4,84%), farinha de mandioca (-4,56%), hortaliças (-4,07%), leite longa vida (-3,48%), alho (-3,3%), ovos (-2,91%) e feijão carioca (-2,14%).
"Esse é o período da chamada safra seca. O resultado reflete a boa produção de alguns desses alimentos. E, por outro lado, há ainda endividamento e desemprego das famílias, por isso há receio no comprometimento da renda e baixa demanda para alguns produtos", comenta Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, em nota enviada à imprensa.
A energia elétrica, apesar de registrar alta de preços (0,96%) mais moderada do que no mês anterior (5,33%), foi o item que mais pesou em sentido contrário, evitando uma queda maior do IPCA.
(com Agência Brasil).