Revista Encontro

Saúde

Qualquer cirurgia é fator de risco para a trombose venosa profunda

Problema pode gerar complicações graves para a saúde

Da redação com assessorias
Todo mundo sabe que a realização de qualquer cirurgia ou procedimento pode representar risco para a saúde.
Por isso, é importante que o paciente esteja ciente do perigo de se submeter a qualquer intervenção médica, ainda que seja minimamente invasiva. O médico cirurgião sempre deve solicitar exames pré-operatórios, para avaliar se há alguma contraindicação e fatores de risco, como obesidade, tabagismo e doenças genéticas. Além, claro, de analisar a história clínica do paciente.

Um problema que pode decorrer de qualquer cirurgia é a trombose venosa profunda. A doença se caracteriza pela formação de trombos, ou seja, de coágulos de sangue, que podem se soltar e circular pelas veias. Caso o trombo atinja os pulmões, por exemplo, pode levar a uma embolia pulmonar. Quando atinge o coração, pode causar um infarto. No cérebro, pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).
A consequência mais comum de uma trombose é a embolia pulmonar.

Segundo o cirurgião plástico Luiz Molina, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a trombose venosa profunda mais comum é a que se forma na região das pernas ou da área pélvica, que corresponde por 80% ou 95% dos casos.

"Uma boa circulação sanguínea é vital para a saúde. Qualquer cirurgia pode levar a uma trombose, seja ela plástica ou não. Porém, a probabilidade aumenta se há outros fatores de risco associados, como tabagismo, uso de pílula anticoncepcional e histórico familiar, por exemplo, além da complexidade e do tempo da cirurgia", comenta o especialista.

De acordo com o histórico clínico, exames pré-operatórios e pela própria avaliação do médico, o paciente poderá ter contraindicação absoluta para uma cirurgia estética, por exemplo. "Porém, quando os exames estão bons e não há fatores de contraindicação, o cirurgião irá adotar medidas para prevenir uma trombose, como a prescrição de medicamentos anticoagulantes, uso de meias elásticas, caminhadas leves para melhorar a circulação e massagens nas pernas", afirma Molina.

As primeiras 48 horas após a cirurgia são as mais importantes, pois é neste período que os trombos costumam se formar. Mas, isso pode acontecer até 14 dias após o procedimento. "Cerca de metade dos pacientes não sentem nada até que o coágulo se desprenda e atinja outra parte do corpo. Porém, é preciso ficar atento aos sinais e sintomas, como inchaço, dor, vermelhidão, aumento da temperatura e endurecimento da musculatura das pernas ou da região pélvica", diz o cirurgião plástico.

Vale ressaltar que, ao apresentar qualquer sintoma no pós-operatório, é preciso procurar um pronto-socorro imediatamente. A trombose venosa profunda é considerada uma emergência médica. O tempo entre a manifestação dos primeiros sinais e o início do tratamento pode fazer toda a diferença no tratamento.

Além das cirurgias, o médico cita outros fatores de risco para a trombose:

.