De acordo com o pesquisador Alexandre Rossetto, da Embrapa, os resultados indicam que as vacas que vivem em pleno sol apresentaram taxa de produção de embriões de 36%. Já as que são criadas em áreas sombreadas tiveram um incremento nessa taxa, que chegou a 43%. Ou seja, houve um acréscimo de 7%, o que representa um impacto significativo, segundo o especialista, especialmente porque o experimento foi realizado num sistema já ajustado e que apresenta boas taxas de produção de embriões.
O experimento da Embrapa Pecuária Sudeste foi realizado com 18 vacas que tinham bezerros ao pé e que foram mantidas no sistema ILPF durante o Verão e o Outono. Os animais chegaram a parir e, uma vez por mês, eram levadas ao curral para aspiração de folículos ovarianos, onde ficam os gametas. Esse material foi entregue a um laboratório particular na cidade de Cravinhos (SP), responsável pela produção de embriões.
"A produção de embriões foi usada como medida da eficiência reprodutiva", afirma Rossetto. Os resultados mostraram que o microclima mais favorável observado no sistema ILPF, com menor incidência de radiação solar sobre os animais, contribuiu para o aumento na produção de embriões.
Além disso, em outro estudo recente, a Embrapa já havia constatado que a criação de animais em sistemas integrados indicou que matrizes de corte que permanecem em área sombreada procuram menos os bebedouros. A frequência em busca de água chega a cair 19% em sistemas com árvores.
(com Embrapa Pecuária Sudeste).