A moringa oleífera é originária da Índia e todas as suas partes são aproveitáveis, e suas folhas e sementes são ricas em nutrientes - Foto: YouTube/ReproduçãoMais
vitaminas que a
cenoura e a
laranja; mais
cálcio que o
leite; e mais
ferro que o
espinafre. Essas são algumas das propriedades da
moringa oleífera, uma
árvore de origem
indiana, que é resistente à seca e pode ser encontrada em vários países, incluindo o
Brasil. Na região nordeste do país, ela é conhecida como
quiabo de quina ou
lírio branco.
Entretanto, a
planta se tornou alvo de uma polêmica envolvendo o
presidente da República Jair Bolsonaro. No dia 29 de janeiro,
fotos publicadas pelo
setor de comunicação do Governo para divulgar uma
reunião entre
Bolsonaro e
Regina Duarte, com a presença de outros integrantes do
Executivo, mostram um
pote sobre a
mesa do presidente. Ao ampliar a foto, é possível verificar que o recipiente é de um
suplemento alimentar à base de
moringa oleífera, produto proibido no
Brasil pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (
Anvisa).
Foto que causou polêmica por causa do suplemento de moringa oleífera presente na mesa de Bolsonaro - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República/Divulgação - Ampliação: Pádua de Carvalho/EncontroSegundo a professora Francinete Veloso, do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, quase todas as partes da árvore são comestíveis: "As folhas, flores e vagens podem ser ingeridas. Nas folhas, podemos encontrar alto teor de vitaminas A e C, além de cálcio, ferro e fósforo".
Detalhe do pote de suplemento sobre a mesa do presidente - Foto: Na Índia, a planta é muito usada na medicina alternativa, uma vez que as sementes possuem substâncias que podem ajudar a equilibrar a pressão arterial, como explica Francinete Veloso. A especialista diz, ainda, que antioxidantes também são encontrados na semente da moringa.
Essa "super-planta" também pode ajudar em processos de despoluição da água. "Quando o pó das sementes é adicionado a águas turvas, ele atrai diversas partículas contaminantes, como bactérias e argila", explica a professora da UFMG.
Atualmente, são conhecidas 14 espécies de moringa.
A árvore não requer muitos cuidados para sobreviver e cresce rapidamente, inclusive em solos sem nutrientes e em condições de seca extrema..