Quando o senhor percebeu que poderia estar com a doença?
Como estou no grupo de risco por causa de minha idade, já estava tomando algumas precauções, como evitar sair de casa. Mas há cerca de cinco dias comecei a notar uma certa inapetência. Estava me alimentando com muita dificuldade. Vi que tinha alguma coisa estranha e fui orientado a fazer o teste. Deu positivo.
Quais foram suas atitudes a partir da notícia?
Estou seguindo estritamente as orientações médicas. Meu médico me disse que eu só deveria procurar um posto de saúde se observasse alguma alteração, como continuar me alimentando mal ou se tivesse febre, por exemplo. Tenho de ficar atento comigo mesmo. Eu me isolei em um cômodo da minha casa. Minha mulher e meu neto estão comigo, mas cada um em um canto diferente. Temos de ter consciência dos nossos limites e procurar uma atitude cooperativa e cautelosa. Estou comendo melhor e me sentindo mais bem disposto, o que me leva a crer que o ápice da infecção já passou.
Quanto tempo mais deve ficar isolado?
Acredito que mais 10 dias. Aí faço um novo teste. Se der negativo, vida normal.
O senhor continua tratando do dia a dia do Cruzeiro?
Até terça-feira (31 de março), sim. A secretária do Cruzeiro estava vindo em casa e trazendo papeis que eu preciso assinar. Mas apesar de ela estar tomando todos os cuidados, não precisa se arriscar. A partir de hoje (quarta-feira, dia 1 de abril) vamos providenciar uma procuração para que algum outro membro do conselho gestor do Cruzeiro possa tomar essas decisões administrativas.
As eleições que deveriam acontecer em maio devem ser adiadas?
A partir da renúncia da diretoria anterior (o presidente Wagner Pires de Sá e o vice Hermínio Francisco Lemos deixaram seus cargos no fim do ano passado) tínhamos um bom horizonte, que era a nova eleição agora em maio. Mas por causa dessa pandemia, tudo precisará ser revisto e ainda não temos condições de precisar quando a eleição poderá ser realizada.
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