Todos os fins de semana mais de 140 grupos escoteiros reúnem-se em parques, escolas ou associações de Minas para jovens e adultos em conjunto realizarem uma série de atividades educativas, baseadas no método escoteiro. Quando o surto do coronavírus impediu repentinamente essas reuniões, chefes escoteiros se debruçaram sobre as possibilidades de continuarem juntos. E os grupos mineiros foram os primeiros do Brasil a encontrar uma solução contemporânea para a dificuldade. "Nos preocupava o fato de que a suspensão poderia causar um baque muito grande nos nossos jovens", afirma o funcionário público aposentado Marcos Magno Gomides Vieira, presidente da região escoteira de Minas Gerais. A saída foi transferir as atividades que eram feitas ao ar livre para o ambiente virtual.
Foi criado então o UaiFi, ambiente on-line com uma série de desafios. "A adesão foi muito boa. Entre 70 e 80% dos jovens entram no mesmo horário das reuniões para fazer o que os chefes propõem." Entre os desafios estão colocar o lenço dos escoteiros no pescoço sem usar as mãos, montar uma barraca de acampamento dentro de casa ou mesmo fazer uma fogueira sem colocar fogo nos móveis (nesse caso, era para usar uma lanterna). As atividades propostas tem como objetivo o desenvolvimento físico, intelectual, afetivo, social, espiritual e de caráter dos jovens. Cada objetivo superado significa uma progressão pessoal. Com a pandemia, até instituições centenárias precisam se reinventar.
.