“O espaço urbano é um terreno fértil para manifestações artísticas e de resistência. Ao celebrar as culturas urbanas e periféricas, a Festa da Luz reforça seu compromisso com a democratização do espaço público e com a valorização dessas expressões como tecnologias de convivência, memória e futuro. Em tempos de criminalização da cultura de rua, é urgente reconhecer sua potência e garantir sua presença na paisagem da cidade”, afirma Juliana Flores, diretora artística e curadora do festival.
. A diretora de Comunicação e Marketing da Cemig, Cristiana Kumaira, ressalta o incentivo da companhia e a importância da descentralização das ações. “Como a maior incentivadora da cultura de Minas Gerais, a Cemig está, mais um ano, ao lado da Festa da Luz. Essa iniciativa que, a cada edição, nos encanta com novos talentos, novas intervenções e novas tecnologias, em uma mistura de inovação e cena urbana que nos surpreende. O primeiro cenário será Belo Horizonte, tendo o retorno da Praça da Estação como palco. Mas outras cidades mineiras também terão, neste ano, a oportunidade de interagir com todo o brilho da Festa da Luz, em uma proposta de democratização, levando cada vez mais ações culturais para o interior do estado”, afirma.
. A programação conta majoritariamente com artistas de Belo Horizonte, com obras que unem arte contemporânea, arquitetura e cultura popular. Criola retorna ao circuito com trabalhos que exaltam a ancestralidade negra e o sagrado feminino; a grafiteira Bolinho apresenta seus personagens marcantes; e Francine de Paula (Dpaula), paulista radicada em Curitiba, traz a força gráfica ligada ao hip-hop.
. O arquiteto e artista visual Rafael Cançado, o Homem Gaiola, apresenta instalação imersiva em LED e laser mapping. O Coletivo Levante, do Aglomerado da Serra, leva ao espaço urbano obras com olhar comunitário. Alex Senna, paulistano de traço monocromático, assina trabalho sobre afeto e conexão humana.
. A dupla Mutabile Arquitetura + João Wilbert explora a nova paisagem revelada pela demolição do anexo dos edifícios Sulacap e Sulamérica, com vista inédita para o Viaduto Santa Tereza.
Nos arcos do viaduto, Ricardo Bizafra assina “FOCO”, túnel de luz formado por dez arcos infláveis. A instalação interativa “Reflexões”, de VJ Bah, projeta imagens do público em tempo real.
. O italiano Carlo Bernardini expõe “O Invisível Suspenso” no Museu de Artes e Ofícios, usando fibra óptica para criar formas mutáveis. Amara Moira participa com letreiro inédito inspirado no bajubá, enquanto Francisco Mallmann apresenta “A rua é do desejo” no Edifício Central.
. O Duelo de MCs retorna ao Viaduto Santa Tereza, mantendo 18 anos de tradição nas batalhas de versos. O festival também recebe o Velha Guarda do Soul, que revive bailes black dos anos 1970.
Entre outras atrações estão o Trovão Tropical – Carrinho Projetor, Na Régua – Cortes na Barbearia da Rua Tamóios, o Arrastão Samba D’ouro e o Karaokê da Bia.
Serviço
Festa da Luz 2025 – 4ª edição - Onde: Baixo Centro de Belo Horizonte – Praça da Estação, Viaduto Santa Tereza, Sulacap/Sulamérica, rua Aarão Reis e Sapucaí. Quando: de quinta-feira (14) a domingo (17). Entrada gratuita. Informações: www.instagram.com/festadaluz.art