As criações serão avaliadas pelo público e por um júri técnico, e a votação popular terá peso de 70% no resultado final. O júri — formado pelos chefs Ricardo Rodrigues, Helena Bastos, Peninha, Murai Caetano e Marcelo Salomão, sob curadoria de Rosilene Campolina — responderá por 30%. Serão escolhidos três vencedores, a partir de critérios como sabor, apresentação e criatividade. A festa de encerramento acontece em 6 de setembro, na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza.
. Mais do que uma disputa gastronômica, o evento quer valorizar tradições que atravessam séculos. “O feijão tropeiro é um prato típico do Brasil e originário de um movimento, o tropeirismo, não de uma região específica. Agora, os estabelecimentos participantes do festival poderão contar essa história de maneira reinventada através do prato que irão criar, promovendo o resgate de saberes ancestrais e técnicas culinárias tradicionais. Através das origens do tropeiro, buscamos inspirar a criatividade e fomentar a diversidade gastronômica”, diz a coordenadora do evento, Miriam Cerutti.
. Os pratos devem obrigatoriamente incluir feijão e farinha, enquanto os drinques têm como base a cachaça Jeceaba. Os preços variam de acordo com cada estabelecimento, mas há opções a partir de R$ 25.
. Entre os participantes estão: Alibabar, Barbazul, Babel, Bar do Sidney, Bar do Museu Clube da Esquina, Bar do Xaxa, Bar Du Pedro, Bar Sô Pedro, Breik Breik, Boi Vitório, Botequim Sapucaí, Divino Cunhas Bar, Estação Parada do Cardoso, Favoritto, Lá Farina, Marmitex da Penha, Piratas Bar, Querida Jacinta, Sara Sabores, Saboritis, Sagarana, Sheridan, Sobrado, Tropeiro do 13, Tropeiro e Cia, Tropeiro da Lurdinha, Tia Maluka, Via Deslandes, Feijoah Cozinha, Algo a Mais e Caipira Xique.
. O prato que carrega história
O feijão tropeiro nasceu entre os séculos XVII e XVIII, no contexto do tropeirismo — atividade de transporte e comércio feita por viajantes que percorriam grandes distâncias levando gado, mulas e mercadorias.
. Com a necessidade de alimentos duráveis e fáceis de transportar, os tropeiros utilizavam feijão, farinha de mandioca ou de milho, carne seca, toucinho e sal, guardados nas bruacas — caixas de couro presas às cangaias dos animais.
. Influenciado pelas culturas indígena, portuguesa e africana, o prato tornou-se uma refeição prática e nutritiva. Hoje, o tropeiro segue presente em cardápios de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, consolidado como símbolo de identidade cultural e gastronômica.
Serviço
2º Festival Tropeiro Mineiro
Período: Até 30 de agosto de 2025
Encerramento: 6 de setembro de 2025, na Praça Duque de Caxias – Santa Tereza, Belo Horizonte
Preços: a partir de R$ 25 (variável por estabelecimento).