A produção chega à capital mineira após a estreia nas areias de Copacabana, no Rio de Janeiro, que emocionou o público e marcou as comemorações dos 25 anos da Orquestra. A proposta é oferecer uma leitura sensível, irreverente e musical da obra que se tornou referência da literatura brasileira contemporânea.
. Com direção musical de Rodrigo Toffolo e direção cênica de Julliano Mendes, a ópera combina música de concerto, teatro e literatura em uma linguagem moderna e acessível, mantendo a essência do livro. O elenco conta com Johny França (Marcelo), Jabez Lima (Rubens Paiva), Marília Vargas (Eunice Paiva) e a participação especial de Arrigo Barnabé, que interpreta a si mesmo. Instrumentistas e cantores reforçam o caráter épico e humano da narrativa.
. A ideia de adaptar o livro surgiu em conversas entre o maestro Rodrigo Toffolo e o autor, iniciadas em 2023. Desde então, Marcelo Rubens Paiva acompanhou de perto o projeto e celebrou a adaptação. “É emocionante ver Feliz Ano Velho ganhar vida no palco de forma tão intensa e musical. Mal posso esperar para ver e ouvir essa história contada de um jeito novo. Estou me sentindo um ‘erudito’”, brinca o escritor.
. Responsável pela partitura e pelo libreto, Tim Rescala já havia colaborado com a Orquestra em montagens como Auto da Compadecida, a Ópera e Hilda Furacão, a Ópera. Ele ressalta o desafio criativo que a obra de Paiva impôs. “Adaptar ‘Feliz Ano Velho’ foi um desafio artístico instigante. É uma obra que pulsa vida, memória e ironia, elementos que me inspiraram a criar uma música que dialogasse com o texto de forma intensa e emocional. Estou muito feliz com o resultado”, afirma o compositor.
. A encenação de Julliano Mendes busca valorizar o dinamismo da narrativa e estabelecer conexões com o público jovem, unindo elementos do teatro musical à tradição operística. Recursos visuais e simbólicos reforçam a carga dramática do texto, sem perder a leveza e a oralidade que consagraram o livro.
. Para o maestro Rodrigo Toffolo, a montagem reforça a identidade da Orquestra Ouro Preto como um grupo voltado à inovação e à aproximação entre linguagens. “Essa montagem traduz nossa missão de conectar a música de concerto à cultura popular, o clássico ao contemporâneo. Marcelo Rubens Paiva é uma figura essencial da nossa cultura, e sua história continua tocando corações e despertando reflexões”, afirmou.
Orquestra Ouro Preto: Feliz Ano Velho, a Ópera
Local: Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro, Belo Horizonte)
Data: 22 e 23 de agosto de 2025 (sexta e sábado)
Horário: 20h
Ingressos: No Eventim e na bilheteria do teatro.