A produção, dirigida por Inês Bogéa, diretora artística da SPCD, já conquistou premiações como o Prêmio APCA e o segundo lugar de Melhor Espetáculo pelo Guia da Folha, tanto na votação do júri quanto na do público.
. “É sempre um prazer compartilhar nosso trabalho com o público mineiro, cuja recepção calorosa nos inspira profundamente. Esta é a sétima vez que nos apresentamos em Belo Horizonte e, nesta ocasião, trazemos uma obra que atravessa gerações: O Lago dos Cisnes”, afirma Inês Bogéa, que tem uma relação próxima com a capital mineira, já que foi bailarina do Grupo Corpo por mais de uma década.
. Inês ressalta ainda os motivos que mantêm a relevância do clássico ao longo do tempo. “Destaco que a narrativa — ao mesmo tempo romântica e trágica — e a forma como dança e música se entrelaçam de maneira sofisticada e intensa estão entre os principais motivos”, afirma. “Nesta versão, criada especialmente para a Companhia pelo argentino Mario Galizzi, os elementos centrais da tradição clássica são preservados, ao mesmo tempo em que ele propõe novos olhares sobre a obra”, completa.
. “O Lago dos Cisnes”
Com música composta por Tchaikovsky, “O Lago dos Cisnes” estreou em 1877 no Teatro Bolshoi, mas só se tornou um grande sucesso em 1895, quando ganhou a nova coreografia de Petipa e Ivanov para o Teatro Mariinsky, em São Petersburgo.
. A trama acompanha o príncipe Siegfried, que ao atingir a maioridade deve escolher uma esposa para assumir o trono. Durante uma caçada, ele conhece Odette, jovem enfeitiçada pelo mago Rothbart a viver como cisne durante o dia, retomando a forma humana apenas entre a meia-noite e a aurora. O feitiço só pode ser quebrado pelo amor verdadeiro. O romance nasce à beira do lago, e Siegfried promete selá-lo no baile em que deve escolher sua noiva.
. No entanto, Rothbart arma uma armadilha: transforma sua filha Odile, o enigmático Cisne Negro, na imagem de Odette. Enganado, o príncipe declara amor eterno à impostora, quebrando a promessa feita à verdadeira amada. Ao perceber o erro, Siegfried tenta reparar a traição, mas o destino se mostra irreversível. No desfecho, ele se lança ao lago e Odette o acompanha, selando o amor entre os dois em meio à tragédia.
. Na montagem da SPCD, o protagonismo do mago Rothbart e das princesas que disputam a atenção do príncipe ganha destaque, ao mesmo tempo em que a companhia preserva a essência da obra e homenageia o legado de Ivanov no clássico embate entre o bem e o mal.
O Lago do Cisnes
Quando: sábado (27), às 15h30 e às 20h30, e domingo (28), às 18h
Onde: Grande Teatro CEMIG Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 - Centro)
Ingressos: a partir de R$25 (meia entrada) na bilheteria do teatro ou via Eventim
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