A programação reúne 13 atividades, entre debates e painéis, com convidados de países como Brasil, Peru, México, Colômbia, Chile, Argentina, Cuba, França, Itália, Alemanha, Espanha, Filipinas, Taiwan, Angola e Ruanda. As mesas terão tradução simultânea em português, espanhol, inglês e francês, de acordo com cada atividade.
. Com o tema “Audiovisual em Conexão: regulação, coprodução e os desafios do mercado”, o seminário propõe reflexões sobre o papel estratégico do audiovisual no desenvolvimento, discute modelos de financiamento e circulação global e aborda os impactos das novas tecnologias na indústria. A programação se estrutura em três eixos: políticas públicas e regulação; coprodução internacional como estratégia de expansão; e futuro do audiovisual diante das transformações tecnológicas.
. Segundo Raquel Hallak, coordenadora da Mostra CineBH, o seminário reforça seu papel como espaço de articulação do setor. “Mais do que reunir especialistas, buscamos provocar diálogos que ajudem a pensar o audiovisual como projeto de país. O seminário é uma oportunidade de conectar experiências locais e internacionais e, a partir dessa troca, fortalecer o ecossistema de forma inclusiva, soberana e sustentável”, afirma.
. Programação
A abertura acontece na quarta-feira (24), às 10h30, com a mesa “Audiovisual como projeto de país: regulação, democracia e desenvolvimento”, que reúne representantes do Executivo, Legislativo, Judiciário e da sociedade civil para discutir a urgência de um marco regulatório para as plataformas digitais. No mesmo dia, às 12h30, o ator Carlos Francisco, homenageado da 19ª CineBH, participa da roda de conversa “O percurso de Carlos Francisco: o ator em cena”, em que fala sobre sua trajetória. Às 14h30, a curadoria apresenta o debate “Nós somos o nosso futuro?”, que reflete sobre o papel do cinema latino-americano em meio às tensões geopolíticas. Às 16h30, o painel “Iniciativas sustentáveis na produção audiovisual: a experiência do Amazon MGM Studios Brasil” destaca práticas pioneiras de sustentabilidade em sets de filmagem. O primeiro dia encerra às 17h30, com a mesa “Film Commission: Potência Pública para o Audiovisual Brasileiro”, que reúne Joelma Gonzaga e Thaylane Cristina e marca o lançamento do catálogo da BH Film Commission.
. Na quinta (25), às 10h30, o debate “Filmar com o território” traz realizadores do Brasil, México e Peru para discutir cinema enraizado em contextos locais. Às 14h30, o encontro “Conectar para criar: redes que transformam o audiovisual latino-americano” reúne lideranças da Colômbia, Cuba, México, Chile, Brasil e Espanha. Às 16h45, o debate “Como internacionalizar seu filme: conexões entre América Latina e Europa” apresenta agentes de vendas, distribuidores e produtores da França, Itália, Alemanha, Espanha, Colômbia e Brasil. Ainda nesse dia, em parceria com a UEMG, acontece a mesa “Uemg na Cena”, projeto mensal de exibição e debate de filmes que promove reflexões educativas e científicas em diálogo com a comunidade acadêmica e a sociedade.
. A programação de sexta (26) abre às 10h30 com o debate “Os filmes e seus países”, em que realizadores da Colômbia, Argentina, Chile e Uruguai refletem sobre identidade e circulação. Às 14h30, a mesa “Coprodução internacional: estratégias, caminhos e parcerias globais” reúne produtores da França, Brasil, Filipinas, Itália e Taiwan. Às 16h45, o painel “Circulação e cooperação no cinema entre Brasil e países africanos” discute novas rotas entre o Sul Global, com representantes de Angola, Ruanda e Brasil.
. O seminário se encerra no sábado (27). Às 10h30, o debate “Circuitos latinos: redes, resistências e a circulação do cinema de autor na América Latina” foca nos desafios da distribuição regional, com vozes do Uruguai, Colômbia, Chile e Brasil. Às 12h30, o diretor José Eduardo Belmonte e o ator Christian Malheiros participam da roda de conversa “Vidas de Crime”, sobre a tradição do gênero policial no Brasil e seus reflexos sociais. Às 14h30, o painel “Audiovisual em transformação: inovações, desafios e caminhos para o futuro” discute tecnologias emergentes como inteligência artificial, realidade virtual e blockchain. O encerramento acontece às 16h45, com o estudo de caso “Do projeto à tela”, que apresenta as trajetórias dos filmes Nimuendajú e Suçuarana, ambos com passagem pelo Brasil CineMundi e hoje reconhecidos em festivais.