O encontro conta com concertos em espaços públicos, feira gastronômica de produtos mineiros e atividades de formação para músicos e maestros. Entre elas estão a roda de conversa “História de Formação de Bandas Civis e Marciais” e a oficina “Vivências em Banda de Música”, ambas realizadas no Circuito Cultural Praça da Liberdade.
. De acordo com Frederico Teixeira, um dos idealizadores do evento, a proposta é mais do que celebrar a tradição: “Queremos que os músicos saiam daqui inspirados e preparados para continuar essa trajetória de resistência cultural”. A programação é acessível e pet friendly.
. O encontro também reforça o movimento em curso pelo reconhecimento das bandas de música como patrimônio imaterial do estado. Segundo Adriano Silva, representante do IEPHA-MG, esse trabalho começou em 2024 com o inventário dessas formações. “As bandas de música são parte da alma de Minas Gerais. Elas atravessam gerações, unem comunidades e mantêm viva uma tradição que forma músicos e cidadãos. Reconhecer esse patrimônio é reconhecer a história viva do nosso povo”, afirma.
. A iniciativa já mobiliza músicos e mestres que celebram o significado dessas formações como espaços de aprendizado e convivência. “Cada banda é uma escola viva, uma pequena orquestra de afetos e tradições. Reconhecer esse trabalho é dar visibilidade ao que sustenta a cultura de base, aquela que forma artistas, emociona e une as pessoas”, diz o maestro Fred, para quem o encontro representa um reencontro simbólico entre gerações e repertórios.
. A organizadora Roberta Prochnow reforça que o propósito é consolidar o evento no calendário cultural e ampliar sua dimensão como espaço de valorização e troca. “Mais do que um festival, é um encontro de pertencimento. As bandas representam o talento do interior e a expressão mais genuína da nossa mineiridade”, afirma.
. O evento também joga luz sobre os desafios enfrentados por muitos grupos, que lidam com escassez de recursos e dificuldade de renovação. Ao oferecer visibilidade e articulação, o encontro busca fomentar políticas públicas que garantam a sobrevivência dessa prática centenária. “Queremos que este seja o primeiro de muitos encontros. Minas tem mais de 700 bandas ativas — cada uma com sua história, sua sonoridade e seu papel na comunidade. Este é um passo para garantir que todas sejam vistas, ouvidas e valorizadas”, conclui o maestro Fred.
. 1º Encontro Estadual de Bandas de Minas Gerais
Dias 21 e 22 de novembro
Dia 21/11
Ações Formativas:
IEPHA-MG – Praça da Liberdade, 470, Funcionários | BH
14h: História de Formação de Bandas Civis e Marciais
Com presença de historiadores e voltada para os interessados em patrimônio cultural, história e música, a roda de conversa abordará o histórico das bandas em Minas Gerais, destacando sua importância na preservação do patrimônio cultural do estado.
. 16h: Vivências em Banda de Música
Voltada para jovens músicos e foco em técnica instrumental, regência, arranjo e gestão cultural, a ação é uma imersão nas experiências e práticas musicais que fortalecem o papel das bandas como expressão artística e social.
As vagas são limitadas. Inscrições online.
Dia 22/11
Concerto de bandas do estado de Minas Gerais
Local: Palácio da Liberdade e Praça da Liberdade
A partir das 11h.