Revista Encontro

ESPECIAL NOVO CORONAVÍRUS

Kalil anuncia decreto para obrigar uso de máscara nas ruas de BH

Prefeito diz que, apesar das pressões, não irá flexibilizar medidas de isolamento social

Da redação
Alexandre Kalil promete tornar ainda mais rígidas as regras de isolamento social e conduta em Belo Horizonte durante a pandemia do novo coronavírus - Foto: Amira Hissa/PBH/Divulgação
"Prefiro 10 mil desempregados que 50 mil mortos", disse o prefeito Alexandre Kalil em entrevista coletiva nesta terça-feira. Kalil, apesar das pressões, não deve flexibilizar as medidas de isolamento social. E no que depender dele, o belo-horizontino só sai de casa agora se for de máscara. A prefeitura irá publicar na próxima sexta-feira um decreto obrigando o uso do acessório nas ruas da capital. A medida segue o exemplo do que já é feito em Nova Lima e Santa Luzia, na região metropolitana de BH.

E vem mais por aí. Segundo Kalil, ações mais duras devem ser anunciadas no fim desta semana. Máscaras devem ser distribuídas para a população mais pobre. "Vamos fazer para miseráveis, invisíveis." Ele voltou a enfatizar que estamos em uma guerra.
"Há ônibus lotados? SIm. Estamos numa guerra. Ainda há problemas de venda de coxinha, venda em bares? Sim! Vamos combater." Ele promete manter sua posição mesmo que haja uma mudança de diretriz nos governos federal e estadual. "Não fui eleito para agradar ou desagradar a presidente e governador”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde, Jackson Pinto, disse que o pior da epidemia ainda está por vir. Segundo ele, as medidas que visam garantir o distanciamento social já evitaram cerca de 70 mortes na capital - a cidade teve 6 óbitos confirmados até esta terça-feira. A prefeitura irá instalar pias em locais de grande circulação de pessoas. Kits de higiene foram distribuídos pela secretaria de Assistência Social para famílias inscritas no Cadastro Único e que vivem em vilas, favelas e ocupações urbanas.
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