O prefeito não descartou um retrocesso na flexibilização, nas próximas semanas. "Se a máscara continuar n queixo, se os churrascos continuarem sendo feitos, se as reuniões continuares sendo feitas, não temos problema nenhum em fechar a cidade", disse. O índice que mais preocupa a administração municipal é a taxa de ocupação de leitos de UTI destinado a pacientes com Covid-19, atualmente em 74%, o que é considerado preocupante. A taxa de transmissão da doença está em 1.13 (em atenção) e a ocupação de leitos de enfermaria, em 62% (também em atenção). Os três índices são levados em conta na decisão de abertura ou não de novos comércios na cidade.
O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, ressaltou que o isolamento é, mais do que nunca, essencial. Segundo ele, as pessoas podem transmitir a doença por até 72 horas antes de os primeiros sintomas aparecerem. "Muita gente acha que por estar sem sintoma pode quebrar o isolamento, mas não é assim."
Jackson Machado disse que foi surpreendido pelo post de um deputado estadual, que teria disponibilizado 10 milhões de reais em emendas para a saúde de Belo Horizonte. "Achei estranho porque a Assembleia Legislativa destinou cerca de 18 milhões de reais", disse. Jackson Machado contou que foi checar e descobriu que esse deputado tinha destinado pouco mais de 200 mil reais para o combate ao novo coronavírus. "Queria que ele me falasse onde estão os outros mais de 9 milhões que eu vou lá buscar." Apesar o secretário não falar o nome do deputado estadual, a crítica foi direcionada ao radialista João Vitor Xavier (Cidadania), que publicou um twitter na última quinta (dia 18) falando das emendas que teria conseguido aprovar.
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