Procurada pela Encontro, na segunda-feira (30), para se posicionar a respeito das críticas feitas pela CDL, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) respondeu com uma nota, informando que "está verificando com os hospitais 100% SUS a possibilidade da abertura imediata de novos leitos de UTI".
Ainda de acordo com o texto encaminhado pela PBH, 232 leitos exclusivos para tratamento de covid-19 foram abertos pela Secretaria Municipal de Saúde no mês de junho, sendo 81 UTIs e 151 de enfermaria. Desse total, 74 foram colocados em funcionamento na última semana, diz a nota.
Na resposta enviada à reportagem, a Prefeitura de BH esclarece, alega que "o aumento da oferta de unidades para o atendimento de pacientes acompanha o planejamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde junto aos hospitais e a evolução dos indicadores epidemiológicos e assistenciais em relação à pandemia".
Até o fechamento dessa reportagem, a capital mineira registrou 5.510 casos e 129 mortes por Covid-19. A taxa de ocupação de leitos está em 87% para UTIs exclusivas para a doença causada pelo novo coronavírus e 88% para as demais UTIs. Os números são da secretaria de saúde de BH.
Indignação
Em entrevista à TV Globo na segunda-feira (30), o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, destacou a importância do comércio para a cidade e engrossou as críticas contra a Prefeitura de Belo Horizonte. De acordo com ele, o setor de comércio e serviços responde por cerca de 1,5 milhão dos 1,8 milhão de empregos, e por 72% do PIB da capital.
Ainda na reportagem da Globo, Marcelo de Souza e Silva reforçou as cobranças feitas à PBH. "No dia 29 de maio, o secretário de Saúde do município, Jackson Machado, havia dito que poderia acrescentar 509 leitos de UTI à rede pública da cidade. Se isso tivesse sido feito, o percentual de ocupação seria muito menor e certamente a flexibilização poderia continuar. Por que isso não foi feito?", questinou o dirigente.