O pipoqueiro Beto (à direita) se viu sem renda durante a pandemia do novo coronavírus - Foto: CSA Voluntários/DivulgaçãoHá seis meses sem frequentar a sala de aula presencial, os vizinhos e colegas de escola Rafael Gallo, Pedro Santos Barreiro Guilherme Diniz e Francisco Almeida Macintyro não apenas sentem falta do convívio com amigos e da rotina de ir e vir do portão do Colégio Santo Antônio. Eles também se preocuparam com o pipoqueiro Herberth Santos, ou Beto, que há anos vende pipoca em frente ao colégio e, de uma hora para outra, se viu sem seu sustento - e dos dez filhos. "A gente ficou sabendo que ele estava passando por dificuldades, que tinha família grande, e decidiu ajudá-lo", conta Rafael, de 11 anos.
Eles conseguiram o contato do Beto e combinaram um dia e horário para ele ir até o prédio onde moram os quatro para vender os quitutes por lá. Os meninos, familiares e outros vizinhos compraram não só pipoca, mas outros itens que Beto e a família levaram, como bolos, cocadas, empadas.
Os estudantes Rafael Gallo (primeiro à esq.), Pedro Santos Barreiro, Guilherme Diniz e Francisco Almeida Macintyro: solidariedade para ajudar o pipoqueiro Beto, que vendia na porta do colégio Santo Antônio, na região sul de BH - Foto: Arquivo pessoalA iniciativa aconteceu no início de setembro, e os garotos gravaram um vídeo para incentivar outras famílias a fazerem o mesmo. "A gente ficou muito feliz em poder ajudá-lo. O Beto está lá na porta há muito tempo. ele é gentil, engraçado", diz Rafael. E completa: "E a comida dele é muito boa."
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