Os trabalhos começaram com a retirada de oito postes originais, e a previsão é restaurar de cinco a oito por semana. O processo é dividido em três etapas: desmontagem, que dura dois dias; restauração e cura do material, que leva cerca de uma semana; e remontagem no viaduto, prevista para a semana seguinte. A primeira reinstalação deve ocorrer já na próxima semana.
. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), responsável pela supervisão das obras executadas pela BHIP, os postes serão removidos e recolocados de forma espaçada, para não comprometer a iluminação da via nem a segurança de pedestres e motoristas. A restauração faz parte das obrigações da Parceria Público-Privada (PPP) da Iluminação Pública.
. “O Viaduto Santa Tereza é mais do que concreto e ferro, é um símbolo vivo da nossa cidade e da história de Belo Horizonte. Restaurar esses postes é cuidar da memória coletiva, mas também garantir que a população tenha uma iluminação eficiente e segura. É um trabalho que une respeito ao passado com compromisso com o presente, e isso nos enche de orgulho”, afirma José Luiz e Silva, diretor de Energia, Tecnologia, Concessionárias e Iluminação Pública da Sudecap.
. Patrimônio histórico
Projetado pelo engenheiro Emílio Baumgart e inaugurado em 1929, o Viaduto Santa Tereza é considerado um marco da arquitetura moderna brasileira. Seus arcos parabólicos em concreto armado ajudaram a transformar a paisagem urbana e desempenham até hoje papel fundamental na ligação entre o Centro e os bairros Floresta e Santa Tereza.
Os postes de ferro fundido, pintados de vermelho, integram essa história e já passaram por outras intervenções, sendo a mais recente em 2019. A atual restauração busca preservar a vida útil dessas peças históricas e assegurar o pleno funcionamento da iluminação pública no local.