Revista Encontro

Economia

Mercado imobiliário movimenta R$ 3 bi em dois meses na capital mineira

Buritis lidera em volume de vendas, enquanto Belvedere concentra os maiores valores das transações.

Da redação
Em junho e julho, BH registrou 3.735 transações de compra e venda de imóveis - Foto: Divulgação
O mercado imobiliário de Belo Horizonte registrou movimentação de R$ 3,06 bilhões no bimestre de junho e julho de 2025, com 3.735 transações de compra e venda de imóveis. Os dados são do Data Secovi, instituto de pesquisas da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), que analisou as declarações de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) registradas na Prefeitura.
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Entre os bairros com maior número de unidades vendidas, o Buritis aparece na liderança, seguido por Santa Amélia, Castelo, Ouro Preto e Palmares. Já no ranking dos que mais movimentaram recursos financeiros, o Belvedere ocupou o primeiro lugar, à frente de Lourdes, Funcionários, Sion e Santo Agostinho.
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Segundo a presidente da CMI/Secovi-MG e especialista em negócios imobiliários, Cássia Ximenes, os números refletem bem a dinâmica do setor na cidade. “Regiões com maior oferta na faixa de preço médio concentram a quantidade de unidades comercializadas, enquanto os bairros de alto padrão concentram os maiores valores financeiros”, explica.
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O valor médio por unidade no período foi de aproximadamente R$ 819 mil. De acordo com Cássia, esse número foi influenciado por negociações de altíssimo valor. Entre as transações mais expressivas, destacam-se a venda de uma unidade não residencial no bairro São Marcos, por R$ 26 milhões, além de negócios no Belvedere (R$ 20 milhões e R$ 13 milhões), no Estoril (R$ 18,2 milhões) e em Boa Viagem (R$ 12,76 milhões).

A dirigente avalia que os recortes demonstram um setor sólido e diversificado. “A análise evidencia que Belo Horizonte tem espaço tanto para quem busca imóveis de médio padrão, quanto para os segmentos de alto valor agregado, o que reforça a maturidade e a solidez do mercado da capital”, afirma.

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