A obra, que tem 360 páginas, é dividida em duas partes: História Geral e Capítulos Temáticos. A primeira é uma narrativa cronológica, que trata dos fatos mais marcantes da história da capital. Já a segunda, faz uma análise mais profunda desses fatos, apresentando os elementos que os compõe, como personagens, praças, igrejas e monumentos. Rabêlo conta que, para escrever o livro, foram necessários oito anos de pesquisa: "Nesse tempo tive contato com cerca de 2 mil jornais e revistas. Além disso, pesquisei em todos os museus da cidade e em outros locais como Rio de Janeiro, São João del Rey, Ouro Preto, e até em Portugal”.
O livro traz muitas curiosidades e esclarece alguns equívocos da história de Belo Horizonte.
Além dos fatos que dizem respeito a lugares e pessoas vinculadas à cidade, o livro de José Maria Rabêlo também mostra acontecimentos nacionais que se passaram em BH. Um deles diz respeito ao período que antecede a Ditadura Militar e a chegada dos militares ao poder. "Havia aqui um plano para assassinar o presidente João Goulart, que viria discursar no dia 21 de abril de 1964. O atentado só não se concretizou porque o golpe ocorreu três semanas antes", explica.
Seguindo a ideia de George Santayana – pseudônimo do poeta e filósofo espanhol Jorge Ruiz de Santayana y Borrás –, que diz que "Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo", o escritor José Maria Rabêlo espera que sua publicação sirva para que as novas gerações conheçam e entendam a história da capital mineira. "Costuma-se dizer que nossa cidade não tem história, por ser muito jovem. Isso é um grande engano". E completa: "Espero que nosso esforço para tornar a cidade mais conhecida faça aumentar o amor por ela"..