De acordo com a Fundação Municipal de Cultura (FMC), as produções locais serão a tônica da gestão do novo Francisco Nunes, que contará com editais de ocupação e de fomento às artes cênicas e à música, a começar pelo Festival Internacional de Teatro Palco e Rua. No dia 6 de maio, a Cia. Luna Lunera abre a 12ª edição do FIT-BH, com o espetáculo Prazer, às 21h, marcando o encontro do público com as novas instalações. “É certeza de dever cumprido entregar o Teatro Francisco Nunes totalmente revitalizado e modernizado à população de Belo Horizonte, tamanha a sua importância para o cenário das artes do palco na cidade e, de forma bem especial, para a classe artística”, diz Leônidas Oliveira, presidente da FMC.
A reforma teve projeto arquitetônico da Lazuli Arquitetura. O teatro recebeu poltronas, sistema de ar-condicionado e tratamento acústico novos, o que irá proporcionar mais conforto ao público e qualidade às apresentações.
Para Helton de Freitas, presidente da Unimed-BH, “foi uma honra participar da revitalização. É um novo teatro, com novos equipamentos, oferecendo mais possibilidades às performances que serão realizadas aqui”. Já o prefeito Marcio Lacerda acha que o retorno do Chico Nunes é um marco no cenário cultural da cidade. “Este tem sido um templo do teatro para sucessivas gerações de atores, autores e cenógrafos, e passa a ser mais uma âncora para a cultura e a qualidade de vida da nossa população”, completa.
O teatro
Instalado no Parque Municipal, no Centro, o Teatro Francisco Nunes, inicialmente chamado Teatro de Emergência, foi inaugurado em 1950, para suprir a carência de teatros na cidade. Nessa época, o antigo Teatro Municipal havia se transformado no Cine Metrópole, que acabou sendo demolido em 1983, e o Palácio das Artes ainda estava em construção.
O nome é uma homenagem ao regente, clarinetista, professor e compositor mineiro Francisco Nunes (1875-1934), que foi aluno e professor do Instituto Nacional de Música e fundador da Sociedade de Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro. Em 1920, organizou e dirigiu a orquestra que se apresentou durante a visita do rei Alberto I da Bélgica a Belo Horizonte. Convidado pelo Governo de Minas, Francisco Nunes reorganizou, em 1925, o Conservatório Mineiro de Música, de Belo Horizonte, que dirigiu até a morte. Ainda em 1925, criou a Sociedade de Concertos Sinfônicos de Belo Horizonte, da qual foi regente e diretor..