O longa traz uma história que envolve os personagens Vincent Vega e Jules Winnfield – vividos por John Travolta (Os Embalos de Sábado à Noite e A Be Cool - O Outro Nome do Jogo) e Samuel L. Jackson (Os Bons Companheiros e Os Vingadores), respectivamente –, que são dois assassinos profissionais, e que trabalham para o gângster Marsellus Wallace, interpretado pelo ator Ving Rhames (Missão Impossível).
Vincent Vega recebe a ordem para sair com a namorada de Wallace, e teme se exceder com a garota, que é interpretada por Uma Thurman (Kill Bill e Percy Jackson e O Ladrão de Raios). Em uma história paralela, o pugilista Butch Coolidge, vivido por Bruce Willis (Duro de Matar e O Sexto Sentido), que também trabalha para Marsellus Wallace, ganha uma luta que deveria perder. A partir disso, uma trama complicada, recheada de cenas marcantes e violência, se forma envolvendo os cinco personagens e outros coadjuvantes.
Por diversos motivos, o filme se difere bastante das produções tradicionais de Hollywood, a começar pela narrativa, que não segue a sequência linear tradicional, com começo, meio e fim. Pulp Fiction também não tem um tema específico e não conta uma única história. Essas características, entre outros aspectos, são responsáveis por torná-lo tão singular.
Ciccarini, que também é professor de cinema, destaca ainda a escalação do elenco, que mistura atores de diferentes estilos e os coloca em situações engraçadas, mas que fazem parte do imaginário do público. É o caso de John Travolta, que se tornou um astro com o filme Os Embalos de Sábado à Noite, no qual interpretava o personagem Tony Manero, um exímio dançarino, e, em Pulp Fiction, contrastando com o clássico dos anos 1970, o ator faz uma cena com Uma Thurman, em que dança de forma desengonçada. A cena se tornou um dos ícones do filme – sendo reproduzida, inclusive, por muita gente em bailes de formatura e casas noturnas.
Apesar da boa fama, é claro que o filme de Quentin Tarantino não é uma unanimidade. Muitas pessoas dizem não entendê-lo e outras até consideram um exagero toda a veneração entorno do longa-metragem. "O público sempre espera que um filme conte uma história, que tenha um tema que provoque emoções. Em Pulp Fiction, é necessário um olhar mais atento aos detalhes, principalmente às referências utilizadas por Tarantino. O filme é também um diálogo com a história do cinema", explica Rafael Ciccarini.
Amado ou mesmo odiado, em setembro deste ano, Pulp Fiction completa duas décadas. É daqueles filmes em que as cenas e as falas dos personagens ficam marcadas na memória, como a passagem bíblica recitada pelo personagem Jules Winnfield antes de matar alguém. Pode-se dizer que são vinte anos bem vividos e dignos de comemoração, uma vez que o filme de Tarantino está sempre presente nas listas dos melhores da história do cinema.
Confira o trailer do filme:
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