"O aluguel ficou muito caro e não temos condição de pagar", diz o proprietário Rubens Batista. Segundo ele, a Status deve mudar para uma loja pequena próxima à Gujoreba, na rua Antônio de Albuquerque. "Vamos ver se conseguimos sobreviver. Será uma luta", completa. A data de saída em definitivo do imóvel atual é dia 25 de março, quando entregará as chaves ao proprietário.
Além da Status, há um boato de que a Livraria Mineiriana também estaria entregando o ponto. Muitos frequentadores perceberam essa possibilidade de fechamento depois que a loja passou a fazer promoções de "limpeza" de estoque, com descontos de até 70%.
Problema generalizado
Para Alessandro Rucini, presidente da Associação dos Moradores da Savassi e diretor da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/Savassi), existem dois tipos de crise pelas quais estão passando os comerciantes da região: uma macroeconômica, relacionada à atual crise brasileira, e outra regional, ligada à Savassi. "A região vem sofrendo com aumentos sucessivos dos aluguéis nos últimos dois anos, desde a revitalização da praça", diz.
Como ele explica, ao contrário do aluguel residencial que sofre aumento proporcional à modernização da área em que se situa o imóvel, o aluguel para o comerciante deveria crescer conforme o aumento das vendas. Mas, na prática, isso não vem acontecendo. "Infelizmente o aumento dos preços dos aluguéis é uma questão particular, e como a CDL preza pela liberdade de negociação, não podemos interferir", comenta Alessandro Rucini, que possui loja no shopping 5ª Avenida, que fica na valorizada região da capital, e que possui aluguéis variando de cerca de R$ 1 mil a R$ 5 mil.
Para se ter uma ideia, segundo o diretor da CDL, o aluguel de um imóvel situado na praça da Savassi pode chegar a R$ 50 mil. "Às vezes a loja fica fechada por meses e o prejuízo do proprietátio acaba sendo maior do que se não tivesse aumentado o aluguel", completa o comerciante..