Por ter como principal temática um patrimônio mundial a céu aberto, o Museu de Congonhas atuará como "museu de sítio", numa espécie de mediação entre o Santuário e o público. Segundo os responsáveis pelo empreendimento, o objetivo é a de qualificar a experiência insubstituível de estar no lugar, intensificando os sentidos e a percepção, seja por meio de descrições, de interpretações ou de criação de condições favoráveis à fruição.
O museu, instalado em um edifício de 3.452,30 m², construído ao lado do Santuário, contempla em três pavimentos sala de exposições, reserva técnica, biblioteca, auditório, ateliê, espaço educativo, cafeteria, anfiteatro ao ar livre e áreas administrativas. O projeto foi feito pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados.
O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, para onde o museu dedica sua principal atenção, está localizado no Morro Maranhão, na zona urbana de Congonhas. Sua construção teve início em 1757 e se estendeu até o começo do século XIX. Trata-se de um conjunto arquitetônico e paisagístico formado pela Basílica, escadaria em terraços decorada por esculturas dos 12 profetas em pedra-sabão e seis capelas com cenas da Via Sacra, contendo 64 esculturas em cedro em tamanho natural. No conjunto trabalharam os artistas de maior destaque do período, como o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), e o pintor Manoel da Costa Athaíde (1760-1830).
O monumento possui ainda uma Sala de Milagres, que abriga uma coletânea de ex-votos, objetos oferecidos em agradecimento por graças alcançadas. Ali está exposta a notável coleção de 89 ex-votos pintados, datados dos séculos XVIII ao XXI.
(com Portal EBC).