Lucas Veríssimo desconstrói, na obra, alguns mitos que existem em torno do empreendedorismo. O principal deles é o de que empreender significa sacrificar a saúde, a família e o lazer em favor do sucesso nos negócios; o famoso "Trabalhe enquanto os outros dormem". "Se você souber como planejar e organizar seus recursos, consegue chegar aos resultados que deseja de uma maneira muito mais saudável. E é esse caminho que eu quero apresentar: o caminho da dignidade e da tranquilidade", escreve Lucas.
O autor usa os processos de formação do Carvão e do Diamante para diferenciar tipos de empreendedores. Apesar de ambos serem formados a partir do mesmo elemento, o carbono puro, os processos são distintos. Enquanto o carvão é gerado a partir de condições mais amenas, o diamante necessita de alta pressão e muito calor. O resultado é um produto raro e valioso. "Quero que as pessoas sejam diamantes", diz o escritor.
Lucas empreende há pelo menos 12 anos, mas foi em 2014 que caiu a ficha de que estava realmente ganhando a vida com negócios próprios. "Tinha uma escola de dança, empresa de dança laboral, era DJ, tinha uma banda e ainda fazia festas", diz Lucas. A experiência bem sucedida de comandar tantos negócios sozinho motivou a abrir trabalhos de consultoria/mentoria para outros empreendedores. "Um dos principais erros que as pessoas comentem é confiar que ter a habilidade técnica é suficiente para ter sucesso financeiro. É necessário trabalhar a parte emocional e ter que lidar com assuntos burocráticos como preencher planilhas, colocar as contas no papel, por exemplo", garante.
Outra dica que Lucas dá é não tentar fazer tudo de uma só vez, e sim, crescer aos poucos: "Você deve passar 2% do seu dia olhando para o topo da montanha e os outros 98% caminhando e agindo sobre os próximos 30 metros", afirma. "Se você ficar olhando apenas para cima, vislumbrando o topo, você pode tropeçar", completa.
Lucas começou a escrever o seu segundo livro bem antes da pandemia, mas a crise sanitária não mudou as suas reflexões sobre o mundo dos negócios. "Pelo contrário, ela validou tudo que está no livro. O conteúdo é baseado em pesquisas científicas e na minha experiência de empreendedor. Ensino de forma bem prática como as pessoas podem agir e sobreviver sem depender de condições externas", afirma.
O belo-horizontino admite que, a exemplo de inúmeras pessoas, foi impactado pela crise do novo coronavírus, mas revela que vai encerrar o ano com as contas no azul e, o que é melhor: registrando crescimento nos negócios em relação a 2019. "Não dá para plantar na crise, mas a minha terra já estava pronta, a semente e a água separadas. Só terminei a plantação e comecei a colheita. É isso que ensino no livro", diz.
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