Nossa receita do terroir de hoje vem de longe, e tem um ingrediente que a torna exclusiva.
A “Lasanha de Juju” ficou conhecida em Belo Horizonte no ano de 2006, quando Sheila pediu à irmã para prepará-la, pois iria receber um rapaz mineiro que ela estava cortejando. Juju preparou todo o jantar e Sheila apenas arrumou a mesa, e sem contar os detalhes, conseguiu impressionar o rapaz.
Quando se mudou para BH, pouco tempo depois de ter fisgado o mineirinho pelo estômago, a notícia e a propaganda da lasanha tinham se espalhado. Os amigos começaram a cobrar a famosa lasanha, e Sheila sempre fugia do compromisso, até que um dia não teve desculpas. Marcou com três casais, ligou para Juju, anotou toda a receita, modo de preparo e quantidade certa de ingredientes para três casais (não podia ter erro).
Quando chegou ao local do jantar, para sua surpresa, tinha no mínimo 20 pessoas esperando pela tão famosa receita nordestina. “Fiquei branca, minha pressão baixou de tanto nervosismo (tive de revelar o segredo para o namorado), mas ali estava e não podia correr” confessou a apavorada cozinheira.
E Sheila não somente conta a inédita receita para os amigos da Encontro, mas revela um importante segredo: “Essa lasanha é conhecida entre as “irmãs Amorim” como a “lasanha pega-marido”. Não foi diferente com minha irmã mais velha, Andressa; comigo funcionou; e com Juliana, a dona da receita, não podia ser diferente.
Pela primeira vez revelo a receita, claro, com a autorização de Juju. Pois é, amigos e especialmente amigas, pode até não ser este seu objetivo, mas vale experimentar essa receita bem potiguar, recheada de camarão e temperada com alegria.
*Eduardo Avelar é chef de cozinha e um dos fundadores da Conspiração Gastronômica. Escreve mensalmente na Encontro |
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