"O extrativismo do pequi no município se concentra entre os meses de dezembro e janeiro. Durante estes meses o fruto é um reforço alimentar e de renda para aproximadamente 300 famílias extrativistas do município, que comercializam o produto na BR-365 e para atravessadores. Muitas destas famílias têm na coleta do pequi a sua única fonte de renda", explica o extensionista João Denilson Oliveira, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
Com o objetivo de incentivar o extrativismo e a conservação do cerrado, os técnicos da Emater-MG realizaram, em janeiro, dois cursos de capacitação em beneficiamento do pequi. Trinta produtores da agricultura familiar, tradicionalmente extrativistas, das comunidades rurais de Lavandeira e Barrocão, participaram do treinamento. Durante a prática, eles aprenderam a fazer polpa de pequi em conserva, pequi congelado, boas práticas de fabricação de alimentos e manejo para o extrativismo sustentável.
O processamento aumenta o prazo de validade do produto e pode também aumentar o lucro em até duas vezes, quando comparado com a venda do fruto sem beneficiamento. "Deixar o cerrado em pé com sua valorização, agregar valor ao pequi, organizar a cadeia produtiva e consequentemente gerar renda através do beneficiamento são os nossos objetivos" enfatiza a extensionista Maria Fernanda Brandão Nonato, da Emater-MG em Jequitaí.
"Com o curso, aprendi coisas que eu não imaginava.