Revista Encontro

Consumidor

Parece mas não é: cereja feita de chuchu e marrom glacê feito de batata doce

Você sabia que alguns alimentos, incluindo o famoso bacalhau, são feitos a partir de outros produtos, e um dos principais motivos é a redução no custo da produção?

Marcelo Fraga
Comum no mercado, a prática de simular alimentos é considerada normal por especialistas, desde que não ofereça riscos ao consumidor e que fique claro nas embalagens qual é sua real composição.
O problema é que, muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em diferenciar o que é original do que é simulado.

No caso do bacalhau, é muito comum no Brasil a venda das espécies pirarucu, abrótea ou saithe – nome comercial do peixe Pollachius virens, que é muito mais barato – no lugar do bacalhau do Porto, da espécie Gadus morhua, considerado um dos três originais. Outro destaque entre os alimentos simulados é a cereja, originária da Ásia. A pequena fruta, bastante comum nos bolos de aniversário, pode ser produzida a partir de uma espécie de doce, feito à base de chuchu.

Para Renato Lins, coordenador do curso de Engenharia de Alimentos do Uni-BH, a prática de simular produtos é recorrente no mercado, sobretudo para reduzir custos. "Várias empresas utilizam o recurso de produzir alimentos a partir de outros. Os motivos principais são o valor mais baixo, se comparado à importação, por exemplo, e a indisponibilidade do produto no Brasil", explica o professor. O especialista ressalta, ainda, que deve ficar claro nas embalagens qual é realmente o produto que será consumido.

Confira abaixo uma lista de alimentos que normalmente são simulados:

- Foto: Heitor Antonio/Encontro Digital.